O ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, anunciou, há três
semanas atrás, a intenção de encerrar as unidades de maternidade
que não prefizessem um determinado número de partos por ano. A questão
levanta alguma problemática na região, uma vez que o total de nascimentos
ocorridos no Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) e Hospital Amato Lusitano,
em Castelo Branco, não chegam sequer para a existência de uma maternidade.
Confrontado com esta hipótese, Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho
de Administração (CA) do CHCB, afirma não saber "nada
de concreto sobre as intenções do ministro". "O que vem
no Plano Nacional de Saúde e que se refere à rede de refenciação
na área materno-infantil, aponta para a manutenção da situação
actual", refere Castelo Branco. E acescenta: "Se existem projectos diferentes
destes, eu não os conheço. Apesar de não termos tido ainda
nenhuma abordagem, penso que também não estará apenas a equacionar
a Covilhã e Castelo Branco. É provável que esteja a incluir
a questão da integração com o Hospital da Guarda".
Hospital do Fundão ganha nova unidade de gestão
O Hospital do Fundão vai ter uma unidade de gestão. A informação
é confirmada ao NC pelo presidente do CA do Centro Hospitalar. Miguel Castelo
Branco explica que "é importante que as duas unidades de sáude
- Hospital Pêro da Covilhã e do Fundão - tenham a alguma equivalência
sob o ponto de vista dos órgãos de gestão". O objectivo,
esclarece Castelo Branco, é o de "ter um olhar mais próximo
sobre a realidade da unidade hospitalar, um relacionamento mais directo, quer
com os profissionais que lá trabalham, quer uma representação
melhor junto do Conselho de Adminstração". A unidade de gestão
é constituída pela médica Eugénia André e a
enfermeira Maria da Graça Jorge Martins. O terceiro e último elemento,
aquele que irá chefiar a equipa, segundo o presidente do CA do Centro Hospitalar,
iría ser nomeado no decorrer desta semana.
As novidades não se esgotam aqui. O Conselho de Administração
do CHCB decidiu ainda transformar a Unidade de Dor do Hospital do Fundão
num Serviço de Medicina Paliativa. Uma notícia muito bem aceite
pelo director daquela unidade. Lourenço Marques considera a decisão
"muito importante para quem luta há dez anos por este objectivo".
Este responsável salienta também as possibilidades de mais desenvolvimento.
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