O Centro Hospitalar Cova da Beira resolveu completamente
o problema das listas de espera
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Centro Hospitalar Cova da Beira
Um exemplo no combate às listas de espera
O Centro Hospitalar Cova da Beira tem o problema das listas de espera para cirurgia
praticamente resolvido. A unidade de saúde é uma das poucas onde
o programa PECLEC foi aplicado com sucesso.
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João Alves
NC/Urbi et Orbi
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O Centro Hospitalar da
Cova da Beira é um dos seis hospitais que, segundo o Ministério da
Saúde, resolveu totalmente o número de cirurgias que estavam em lista
de espera em Junho do ano passado. Os restantes são o do Montijo, Espinho,
Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Serpa.
Segundo a tutela, existem 22 hospitais que conseguiram resolver praticamente as
listas de espera apuradas há um ano atrás. E segundo o Ministério,
o da Cova da Beira é um dos exemplos de bom trabalho nesse campo. Isto quando
em Abril deste ano, a nível nacional, seriam cerca de 128 mil os portugueses
que aguardavam por operações.
Segundo o administrador do CHCB, Miguel Castelo Branco, o que o Ministério
quer dizer é que toda a intervenção neste campo está
devidamente programada, o que não quer dizer que não existam listas
de espera. O responsável diz que ainda existe alguma espera, mas que está
devidamente "programada", no âmbito do estabelecido no Programa
Especial para Recuperação das Listas de Espera (PECLEC). Segundo Castelo
Branco, "as coisas estão extremamente bem" e os dados apontam para
que "66 por cento do contrato de produção do PECLEC esteja cumprido.
E ainda não chegámos ao final do ano". Ou seja, tudo aponta para
que até final de 2003, as listas de espera estejam resolvidas no CHCB. Esta
unidade tem efectuado operações em diversos ramos, desde a ortopedia,
ginecologia, urologia, otorrino e cirurgia geral, mas Miguel Castelo Branco refere
que "ainda não estamos satisfeitos, pois gostaríamos de não
ter PECLEC". Porém, "penso que estes dados significam um esforço
que está a ser feito por parte das equipas".
O tempo de espera no hospital depende sempre da especialidade, pelo que a espera
tanto pode ser de dias como de meses. Ortopedia e cirurgia geral são as especialidades
em que se regista maior afluência de doentes.
A tutela aponta para que já tenham sido recuperadas cerca de 51 mil cirurgias.
E por isso, admite que, face ao número crescente de doentes e ao êxito
da iniciativa, o PECLEC possa ser aumentado em dois anos. Em 2005, o ministro da
Saúde, Luís Filipe Pereira, em declarações ao Público,
calcula que "estaremos em condições de acabar com as listas de
espera".
Para o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro
(ARS), Fernando Andrade, a Zona Centro é uma das regiões do País
com melhor resposta no âmbito do PECLEC, já que, aponta, cerca de 52
por cento dos casos foram resolvidos.
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