Um americano com humor ácido









Bowling for Columbine



de
Michael Moore



Mais que tudo é o relato de um episódio vivido por dois jovens que após terem passado uma manhã a jogar bowling entram na sua escola com armas e fogo e dispararam sobre os seus colegas.
O estado da nação que tem medo do resto do mundo é traçado de forma fria e crua. Num país em que morrem onze mil pessoas, todos os anos, vítimas de armas de fogo, numa nação onde existe um forte incentivo à comercialização destes objectos. Um lugar onde decorrem os maiores massacres escolares com armas.
Columbine é o nome do liceu onde dois jovens assassinaram treze colegas antes de se suicidarem. Um episódio ocorrido a 20 de Abril de 1999, dia em que os Estados Unidos lançaram o maior número de bombas sobre o Kosovo.
Michael Moore, simpático e calmo cidadão americano, decide investigar o que leva os seus concidadãos a estes actos extremos. Com uma câmara às costas, começa por dirigir-se a lojas de armas, pondo em evidência a forma fácil como se pode adquirir uma arma na América.
Passa pelos números de venda de armas e compara-os aos restantes países vizinhos. Moore consegue em jeito de filme caseiro montar imagens na sequência correcta para que as mensagens tenham um impacto extraordinário.
Deste filme, tipo "cinema-espectáculo", fica o espanto e a perplexidade de um país que tanto defende a paz mundial, mas que através dos seus Media e poderes políticos instigam sentimentos de insegurança. Michael Moore refere que na América é normal cada família ter uma arma de fogo em casa.
Esta produção traz para as telas e para a grande massa todos os factos e processos relativos a este assunto. Daí que a melhor característica de Moore seja o facto de dar a todos, as respostas para as questões levantadas em torno deste flagelo. As conclusões podem ser retiradas pessoalmente, mas são, sem dúvida, de revolta, numa produção cómica.









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