João Alves
NC/Urbi et Orbi


A requalificação da zona histórica é o principal objectivo em Belmonte

Portugal já tem 12 "Aldeias Históricas". Belmonte e Trancoso são as mais recentes. O anúncio, segundo o presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), Jorge Patrão, já terá sido feito pelo secretário de Estado da Administração Local, Miguel Relvas, na passada semana.
Com esta decisão, os respectivos Centros Históricos das duas vilas (e sedes de concelho) passam a contar com cinco milhões de euros para a sua recuperação e a RTSE, segundo Jorge Patrão, vê assim "reforçado e valorizado" o produto "Aldeias Históricas". Assim, Belmonte e Trancoso juntam-se a Marialva, Linhares da Beira, Almeida, Castelo Mendo, Sortelha, Castelo Rodrigo, Piódão, Monsanto, Idanha-a-Velha, Castelo Novo e Almeida.
Recorde-se que, há cerca de um ano, o NC já tinha dado conta de que a Comissão de Coordenação da Região Centro (CCRC) pretendia que mais duas "Aldeias Históricas" surgissem na região, embora os dossiers se encontrassem em estudo até aos dias de hoje. Segundo o autarca belmontense, Amândio Melo, o processo foi iniciado "há algum termo atrás, de forma coerente" e o facto de Belmonte ser contemplado é motivo de "muita alegria e satisfação". Para o autarca, a vila inicia uma "nova fase", com a possibilidade da Zona Histórica se "desenvolver e requalificar, de modo a ficar mais atractiva". Com o título de "Aldeia Histórica", a vila poderá divulgar ainda mais "os nossos museus" e a figura central da sua história: Pedro Álvares Cabral. Para Melo, também o Roteiro das "Aldeias Históricas" fica "mais enriquecido.
No entanto, algo pode vir a mudar no que a autarquia estava a planear para a Zona Histórica. Estava em constituição, e em fase de concurso de pessoal, a criação de um Gabinete Técnico Local (GTL), mas com esta integração no programa "Aldeias Históricas", o autarca afirma que "é preciso estudar bem se devemos ou não constituir esse gabinete. Temos de ver até que ponto faz sentido" explica Amândio Melo.