Na última reunião do executivo na Câmara da Covilhã
foi decidida a aplicação, no próximo ano lectivo, do pagamento
do quarto escalão no ensino pré-escolar.
Segundo Miguel Nascimento, vereador da oposição, "a decisão
surge no âmbito de um conjunto de situações que se encontram
por regularizar pelos pais das crianças em relação à
componente de prolongamento de horário e alimentação",
um serviço prestado pela autarquia.
A decisão tomada pelo executivo significa que os pais terão que
pagar em função dos seus rendimentos. "Quem ganha mais terá
que pagar mais", afirma Nascimento que diz concordar inteiramente com esta
medida. Segundo os dados fornecidos na reunião, o valor máximo a
pagar por estes serviços poderá chegar aos 150 euros por mês.
Miguel Nascimento adianta que "cerca de 20 por cento das crianças
inscritas ficam isentas de pagamento pelo facto do rendimento económico
dos pais não o permitir".
Os encarregados de educação que não regularizem o pagamento
do serviço não terão acesso ao mesmo no próximo ano
lectivo.
O vereador socialista lamenta só ter tido conhecimento das reivindicações
dos pais através da comunicação social. "Os encarregados
de educação que se sentem lesados escreveram para várias
instâncias a nível nacional e não enviaram sequer uma cópia
ao vereador da oposição".
Nascimento considera que os pais apenas devem exigir a prestação
de melhores serviços. "Deve ser assegurada a qualidade na alimentação
e uma componente de prolongamento de horário adequada às funções
pedagógicas", sublinha. Neste sentido o vereador lembra que a autarquia
não pode ter, nesta área, "uma perspectiva de negócio".
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