Romance
em jeito de comédia
O Bom Ladrão
de
Neil
Jordan
Por Eduardo Alves
Um dos filmes em destaque do cartaz da 12ª Semana do Cinema Europeu da Covilhã
é "O Bom Ladrão". Realizado pelo irlandês Neil Jordan,
a trama presente nesta obra da sétima arte conduz o espectador a um objectivo
que todo o filme deveria ter, o entretenimento.
Sem grandes pretensões, este filme obtém um resultado bastante positivo.
Fruto da adaptação do argumento que lhe deu origem e de um grupo
de bons actores. Este romance decorre no sul de França. A Riviera Francesa
é o ponto geográfico que Bob Montagnet, interpretado por (Nick Nolte),
escolheu para dar caminhos aos seus dotes de jogador. No meio de casinos e bares,
jogos e apostas, Montagnet fica a braços com problemas de álcool
e drogas, aos quais junta alguns atritos com as autoridades policiais.
Episódios conhecidos de outras produções, mas que são
aqui bem contextualizados e representados pelo elenco. Este jogador é também
um romântico que se vai perder de amores por Anne, uma jovem prostituta
que chega a Nice, vinda de um país de Leste. Esta personagem interpretada
por Nutsa Kukhianidze, revela uma parte fundamental das novas realidades passadas
neste filme.
Após uma auto-recuperação, Bob decide realizar uma ideia
que traz em mente há algum tempo. O assalto a um casino de Monte Carlo
em dia de Grande Prémio. Para tal conta com a ajuda de Paulo, interpretado
por (Saïd Taghmaoui) e Raoul (Gérard Darmon). O golpe é executado
em duas partes. A primeira é um hipotético assalto a um casino de
menores dimensões, com o objectivo de distrair a polícia. Depois
segue-se o assalto ao casino onde está guardada uma soma avultada de dinheiro.
Toda a preparação e o desenrolar da história estão
orientados pelas bases românticas, mas a comédia aparece de quando
em vez. Uma obra bem conseguida com banda sonora interpretada por Leonard Cohen
e Bono, que atinge os seus propósitos, de entretenimento.
[ver programa geral da 12ª Semana do Cinema Europeu da Covilhã]
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