Guarda
Protestos para o ministro do Ensino Superior ouvir

A contestação estudantil volta às ruas da Guarda. Os estudantes do IPG criticam a nova Lei do Financiamento do Ensino Superior.

Hélder Sequeira
NC/Urbi et Orbi


A Associação de Estudantes do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) manifestou a sua oposição face às medidas legislativas que o Ministro da Ciência e do Ensino Superior pretende implementar no plano do financiamento e autonomia das instituições de Ensino Superior. Esta posição foi manifestada, publicamente, pelo presidente daquela associação, Nuno Silva, que no dia 22 se juntou ao protesto nacional contra a anunciada reforma do sector.
No campus do Instituto Politécnico da Guarda, onde os portões estiveram sempre abertos, foram colocados panos pretos, em sinal de protesto. Com sinais de luto bem visíveis, os alunos efectuaram uma marcha silenciosa até ao Governo Civil, onde foram recebidos pelo adjunto do Governador a quem transmitiram o seu descontentamento em relação "às leis de financiamento e autonomia".
Nuno Silva acusa o ministro da Ciência e do Ensino Superior de ser "prepotente, arrogante e anti-democrático", afirmando que discorda das linhas de orientação seguidas por aquele governante. De acordo com aquele dirigente associativo, os alunos do Instituto Politécnico vão continuar mobilizados para novas formas de luta. Recorde-se que os protestos estudantis ocorreram precisamente na data em que os diplomas com as alterações legislativas sobre o Ensino Superior (financiamento, autonomia e bases do sistema educativo) foram apresentados na reunião do Conselho de Ministros.
Nuno Silva afirma que o Ministro "teve pressa em aprovar a Lei de financiamento" acusando-o de ter lançado promovido o debate durante as férias de Páscoa, a que se seguiram as tradicionais semanas académicas, quando o movimento associativo não podia reagir. Daí que considere que os estudantes "nem sequer foram ouvidos". Uma das principais críticas dos estudantes vai para o novo regime de propinas, o qual prevê um aumento que pode duplicar até aos 770 euros e a possibilidade de aquele montante ser agravado, caso o aluno não complete 50 por cento das disciplinas ou reprovar. Os protestos estudantis englobam ainda a redução de vagas, em dez por cento, para o Ensino Superior politécnico em 10 por cento, bem como o facto de o ministério querer avançar com o sistema das prescrições. Os alunos do Ensino Superior contestam ainda a intenção do Governo de querer reduzir o número de estudantes nos órgãos colegiais e de querer acabar com os bacharelatos.


Construção da nova sede dos estudantes arranca



As obras de construção da futura sede da Associação de Estudantes do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) foram já iniciadas.
O novo edifício, que ficará localizado à entrada do campus do IPG, representa um investimento global de um milhão, 117 mil euros.O autor do projecto é o arquitecto, da Guarda, João Rafael, que foi vencedor de um concurso público de ideias, promovido pelo Instituto Politécnico.
A nova sede da Associação de Estudantes, um anseio há muito acalentado, integrará um auditório, espaços de lazer, serviços administrativos, salas para as várias secções daquela estrutura associativa e um outro espaço específico para a Tuna do IPG.Os espaços vão ficar distribuídos por dois pisos e está projectado um pequeno anfiteatro ao ar livre, o qual poderá ser utilizado para actividades culturais
O presidente do IPG explica que o atraso no início das obras se ficou a dever a questões decorrentes dos trâmites relativos à aprovação do processo, por parte das instituições competentes. Na expectativa está o actual Presidente da Associação de Estudantes que espera a rápida conclusão da obra, prevista para o próximo ano.
"A actual sede já não tem, de facto, as condições, que os estudantes do IPG merecem", comenta Nuno Silva. Aquele dirigente associativo considera o "local excelente, pois vem ao encontro das necessidades dos estudantes, ficando próximo das unidades orgânicas".
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