A população do Ferro voltou a estar
mais próxima da cidade da Covilhã. Depois de mais de dois anos encerrada,
a Ponte Pedrinha reabriu ao trânsito no passado domingo, 1 de Junho. Foram
muitos os populares que quiseram assistir à cerimónia e ver de perto
a requalificação conseguida pelo Instituto de Estradas de Portugal.
Um investimento que ultrapassou os 750 mil euros.
Recorde-se que a ponte foi encerrada em Março de 2001, depois de uma inspecção
nacional que se seguiu à tragédia de Entre-os-Rios. A freguesia do
Ferro foi então a mais prejudicada com o sucedido. Os habitantes da localidade
passaram a percorrer um maior número de quilómetros para se deslocarem,
por exemplo, para o local de trabalho.
Albano Oliveira, director de Estradas do distrito de Castelo Branco, explica que
"por motivos operacionais a ponte estará interdita à circulação
de veículos pesados". Apenas podem fazer a travessia ligeiros e autocarros.
O responsável acrescenta que os trabalhos de recuperação manifestam
o cuidado em "manter a traça original da ponte que é centenária".
Houve no entanto quem tivesse uma opinião contrária. José Nascimento,
presidente da Junta de Freguesia de Peraboa, admite que preferia ver "a protecção
da ponte em granito, como era antigamente" e não com o gradeamento vermelho
como está agora. Mas esta escolha é justificada por Albano Oliveira
pelo facto de no Inverno o leito do rio inundar a ponte. "Se tivesses a protecção
fechada teríamos problemas", explica.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã sublinha que "é
mais difícil reconstruir uma obra do que começar do zero". Daí
que a conclusão da infra-estrutura tivesse levado tanto tempo.
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O Parque de Campismo tem uma área de dois hectares e meio de terreno
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Na mesma data foi inaugurado o Parque de Campismo "Carlos Pinto", no
Tortosendo. O autarca diz que esta é "uma obra importante para o aproveitamento
do Rio Zêzere". Pinto garante que a Covilhã está a fazer
tudo o que está ao seu alcance para não poluir o rio "agora
é preciso que os outros concelhos façam o mesmo".
Numa área de dois hectares e meio de terreno, o Parque de Campismo dispõe
de um restaurante, edifícios de apoio com duche, roupeiros, locais para
lavagem de roupas e loiças, um ecoponto e zonas de merendas. A infra-estrutura
tem capacidade para acolher 200 tendas ou caravanas e dispõe de uma zona
de expansão para a construção de um espelho de água
que poderá integrar uma praia fluvial e uma área de lazer para embarcações
de recreio.
Segundo Carlos Abreu, presidente da Junta de Freguesia do Tortosendo, o Parque
de Campismo tem todas as condições para entrar nos "Roteiros
Internacionais". A infra-estrutura entrará em funcionamento dentro
de dias, assim que terminar o concurso para a entrega do restaurante.
O investimento no Parque ronda os 500 mil euros a cargo da autarquia que contou
com uma comparticipação de 20 por cento da Associação
de Desenvolvimento Rural RUDE. Carlos Pinto salientou o facto de não ter
tido qualquer apoio da Administração Central. A existência
de um maior apoio do Governo para a região será uma das reivindicações
que Pinto irá colocar ao primeiro ministro Durão Barroso, quando
este visitar a Covilhã no próximo dia 26 de Julho.
O edil covilhanense aproveitou a cerimónia de inauguração
do Parque de Campismo para anunciar que dentro em breve será instalada
uma unidade agro-alimentar no Parque Industrial do Tortosendo. A infra-estrutura
permitirá a criação de 150 postos de trabalho. Mas Pinto
recusou adiantar mais pormenores sobre o assunto, acrescentando que ainda estão
a decorrer as negociações com uma empresa nacional. O investimento
rondará os sete milhões e meio de euros.
A habitação
social está concluída, mas é necessário
aguardar a decisão do tribunal
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Na passagem pelo Tortosendo, o presidente da Câmara da Covilhã
visitou a habitação social construída no Bairro
do Cabeço. Ao todo são 148 fogos destinados a famílias
carenciadas. As obras estão concluídas mas as casas
não podem ser entregues porque a direcção do
Sport Tortosendo e Benfica instaurou uma acção judicial
à Câmara Municipal e à Junta de Freguesia.
O Clube alega ser proprietário dos terrenos onde as habitações
foram construídas pela empresa SOMAGUE. Mas a Junta assegura
ser proprietária do terreno que estava ao abandono há
mais de 30 anos. As duas entidades não colocam sequer a hipótese
de perder a acção em tribunal.
"Uma dúzia de fazedores do nada estão a impedir
a entrega das habitações", afirma Carlos Pinto.
O autarca diz que as casas estão prontas e as chaves podem
ser entregues a qualquer momento às famílias carenciadas.
Numa visita às habitações, Pinto frisou a "qualidade
acima da média neste tipo de habitação".
Segundo Carlos Abreu as casas não estão já
habitadas por culpa de "alguns dirigentes do clube Sport Tortosendo
e Benfica, ligados ao PS, que já tiveram responsabilidades
políticas e nada fizeram para ajudar a população".
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