"Igreja Segura"
Património religioso sob o olhar da PJ
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NC/Urbi et Orbi
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Com o objectivo de impedir o roubo de objectos de arte sacra, a Polícia
Judiciária está a desenvolver uma acção designada
"Igreja Segura", através da qual se alerta para a necessidade
de serem tomadas medidas básicas de segurança. Inventariar e registar
o património religioso é uma das medidas prioritárias aconselhadas
pela Polícia Judiciária.
Recorde-se que o Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências
Criminais implementou o referido projecto com o objectivo de proteger o património
cultural, nomeadamente o de natureza religiosa, "que, em termos de riqueza,
representa 70 por cento ao nível nacional". Este projecto assenta
na inventariação, através de registo fotográfico ou
de suporte vídeo, de todas as peças de valor pertencentes quer a
particulares quer à Igreja, de modo a criar uma base de dados que permita
uma identificação rápida, e fácil, do objecto em caso
de furto.
Segundo Leitão dos Reis, Coordenador da PJ da Guarda, pretende-se "dissuadir
aquele tipo de crimes e a comercialização ilícita das obras
de arte". Numa primeira fase procura-se alertar as entidades, idealizar e
estruturar o projecto e posteriormente efectuar fazer uma análise concreta
do património existente, que é vasto, e valioso, na Diocese da Guarda.
Reconhecendo a necessidade de as igrejas terem de estar abertas o maior período
de tempo possível, dado serem locais de culto ou peregrinação,
acentua a necessidade urgente de activar medidas de segurança. Nesse sentido,
Leitão dos Reis alerta os cidadãos, particularmente os detentores
de peças de arte, para a necessidade de as registarem em imagem. No que
diz respeito à Igreja o trabalho de inventariação será
feito com o apoio das várias entidades. Contrariamente ao que se possa
pensar, o facto da Guarda estar numa zona de fronteira não facilita a comercialização
ilegal de arte porque o Acordo de Shengan implementou medidas compensatórias,
as quais permitem esbater as desvantagens da abertura de fronteiras.
As pessoas lesadas, com esse tipo de crime, devem contactar de imediato a Polícia
Judiciária, se possível acompanhadas com o registo fotográfico
das peças roubadas.
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