Estruturas de
apoio
- Laboratórios de Geotecnia (Mineralogia, Petrologia e Geologia,
Fotogeologia e Detecção Remota, Prospecção
Mecânica e Hidrogeologia, Geofísica, Mecânica
dos Solos, Mecânica das Rochas, Geotecnia Ambiental)
- Laboratórios de Construção (Betão
e Materiais, Patologia e conservação de Edifícios,
Física das Construções, Sala de Exposição
de Materiais, Topografia e Desenho Assistido por Computador, Mecânica
dos Pavimentos)
- Laboratórios de Mecânica e Estruturas (Resistência
de Materiais, Análise de Estruturas, Técnicas Experimentais
em Estruturas)
- Laboratórios de Hidráulica e Saneamento (Hidráulica
Fluvial, Hidráulica das Estruturas, Saneamento Ambiental
- Laboratórios de Planeamento e Urbanismo (Informática,
Análise e Modelação)
- CI - Centro de Informática
- Biblioteca
Estrutura curricular
Duração
do curso: 5 anos lectivos
Condições necessárias à concessão
do grau: 175 unidades de crédito
Ciências do Desporto- 132 unidades de crédito
Ciências do Desporto- Ramo Ed. Física e Desporto Escolar-
143 unidades de crédito e aprovação em estágio
pedagógico
Áreas Científicas Obrigatórias:
- Construção - 24.5
- Física e Química - 14
- Geotecnia - 10.5
- Hidráulica e Saneamento - 7
- Matemática - 31.5
- Mecânica e Estruturas - 14
- Planeamento e Urbanismo - 3.5
- Construção - 14
- Economia e Gestão - 9
- Geotecnia - 3.5
- Hidráulica e Saneamento - 14
Mecânica e Estruturas - 7
Planeamento e Urbanismo - 21
Projecto - 3.5
Condições de acesso:
Provas Específicas:
- Matemática e Física ou Matemática e Química
ou Geometria Descritiva e Matemática
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Planeamento e Urbanismo, Estruturas e Construção
são as duas variantes pelas quais os alunos podem optar no curso de Engenharia
Civil na Universidade da Beira Interior (UBI). A criação desta licenciatura
começou no ano lectivo de 1988/89. Em 1993 entram os primeiros engenheiros
para o mundo da construção. Nessa altura o curso tinha apenas uma
variante: a de Planeamento e Urbanismo. Foi no ano lectivo de 1997/98 que Estruturas
e Construção começou a funcionar.
Desde 1988 até aos dias de hoje, a Licenciatura de Engenharia Civil tem tomado
novas e melhores proporções. O plano curricular tem vindo a ser actualizado
de acordo com a evolução do curso que actualmente oferece aos alunos
óptimas condições de estudo e de trabalho.
O curso tem cerca de 600 alunos. Cem é o número de estudantes que,
por ano, ingressam na UBI distribuídos pelas duas especializações
em funcionamento, o que leva a um preenchimento total das vagas disponíveis.
Actualmente já foram colocados no mercado de trabalho cerca de 550 licenciados.
O curso em Engenharia Civil da UBI é uma das seis licenciaturas do País
que, na sua especialidade, está acreditada pela Ordem dos Engenheiros.
Positiva foi o resultado da avaliação a que o curso já foi
submetido pelas comissões externas de avaliação e pela Ordem
dos Engenheiros. "As mudanças do curso são decorrentes de uma
análise realizada pelas diversas comissões q nos inspeccionam no sentido
de nos avaliar", explica Luís António Pereira de Oliveira, director
do curso de Engenharia Civil. Isto deu origem a "que o curso evoluísse
cada vez mais".
Os responsáveis deste Departamento preocupam-se que os alunos cheguem ao
fim do curso altamente qualificados para responder às exigências actuais
do mundo de trabalho. O DEC incentiva e dá condições aos docentes
para que estes possam leccionar as suas cadeiras.
"O espaço que temos hoje foi considerado adequado e com notável
utilização pedagógica dos próprios laboratórios",
afirma Luís de Oliveira. Para além disto, o director do curso acha
ainda que "existe na UBI um nível de relação entre professor
e aluno que não existe facilmente nas outras universidades".
O director de curso classifica o Departamento de "muito harmonioso". O
objectivo e o lema de todos os docentes é dar a melhor formação
possível aos "alunos engenheiros". "Tenho a certeza que sairão
daqui bons Engenheiros", argumenta Luís de Oliveira.
Hugo Ramos, presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da UBI
(NECUBI) sustenta: "enquanto presidente do Núcleo não tenho sentido
qualquer tipo de dificuldade em trabalhar conjuntamente com o DEC".
O DEC é o grande responsável pelo curso de Engenharia Civil na UBI
ser "um dos melhores do País". Os Grupos de Ensino do Departamento
promovem a acualização permanente dos conteúdos programáticos
das disciplinas. Os Grupos de Investigação, por sua vez, desenvolvem
investigação em domínios científicos da Engenharia Civil
e são responsáveis pela prestação de serviços
especializados à comunidade exterior.
O Departamento pode prestar serviço nas áreas de Geotecnia, Construção
e Informação Geográfica, fazer levantamentos topográficos
e arquitectónicos, estudos geotécnicos, acompanhamento e fiscalização
de obras, controlo de qualidade de Betão e Materiais, patologia de edifícios
e elaboração de projectos de Betão armado e de Estruturas especiais.
O Departamento também propicia aos alunos o uso de recursos que "não
são assim tão evidentes em outras escolas, que é o uso gratuito
de ploters, entre outros". São objectivos principais da licenciatura
que os alunos adquiram conhecimentos necessários para o exercício
da sua futura profissão. O tipo de ensino praticado é inovador, "o
que motiva os alunos", diz o director do curso.
Grande parte dos licenciados em Engenharia Civil pela UBI fica integrada nas maiores
empresas do País. Possuem vastos conhecimentos nas áreas científicas
de Hidráulica e Saneamento, Ambiente, Geotecnia, Mecânica e Estruturas,
Planeamento e Urbanismo, Construção, Economia e Gestão, o que
permite uma fácil adaptação ao actual mercado de trabalho.
As propostas de emprego recebidas anualmente pela Comissão de Estágios
do Departamento são imensas desde empresas de construção e
gabinetes de projecto até serviços da Administração
Central e Local.
A evolução do curso e do seu Departamento resultou também do
incentivo de docentes aos alunos a participarem em concursos. O prémio SECIL
Universidades 2002 atribuído a dois alunos da UBI é um exemplo que
mostra a Universidade como "uma das melhores escolas do País".
Outro exemplo é o Betão Estrutural 2000. "Apesar de ainda não
termos as mesmas armas que as universidades mais velhas", Luís de Oliveira
mostra-se contente e sublinha: "os nossos alunos têm mostrando o seu
potencial e batem aquelas que se identificam como as melhores escolas do País".
"Pela formação que tive nesta casa sinto que estou a par das
melhores escolas de Engenharia do País", declara Hugo Ramos presidente
do NECUBI.
DEC ao Serviço da Comunidade Exterior
Apoiar as actividades de ensino e de investigação, bem como a prestação
de serviços especializados à comunidade exterior são os objectivos
dos Laboratórios do DEC. A responsabilidade dos estudos e ensaios desenvolvidos
nestes laboratórios é dos Grupos de Investigação e Prestação
de Serviços das diferentes áreas científicas do Departamento.
Técnicos especializados, doutorados, mestres e licenciados em Engenharia
Civil constituem os Grupos.
O DEC "tem vindo a desenvolver diferentes projectos de investigação
em domínios avançados e importantes para o país", salienta
Luís Oliveira.
A realização de conferências por parte do Núcleo de Estudantes
de Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior (NECUBI) também mostra
a abertura do Departamento ao exterior. Os temas seleccionados das conferências,
a qualidade científica e técnica dos palestrantes e a participação
de empresas, oferecem "novos conhecimentos aos engenheiros, arquitectos e técnicos
da região". Por outro lados, as conferências também servem
para "complementar a formação dos alunos de Engenharia Civil
da UBI".
Actualmente o DEC pode prestar serviços à comunidade exteiror nas
áreas de Geotecnia, Construção e Sistemas de Informação
Geográfica.
"Tirar Engenharia Civil na UBI é uma mais valia"
"O curso já tem terreno nacional",
diz Hugo Ramos, presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da
UBI (NECUBI). Desde o corpo docente, do DEC e das instalações até
ao ambiente académico, Hugo Ramos acha que tirar Engenharia Civil na UBI
"é sem dúvida uma mais valia".
Para o estudante "outra vantagem de tirar Engenharia Civil aqui na UBI é
o facto de termos uma componente prática já bastante considerável".
Como finalista, está optimista relativamente ao futuro: "estou cada
vez mais contente com o curso e tenho esperanças de conseguir arranjar emprego".
Luís Oliveira anuncia que o curso de Engenharia Civil na UBI "passa
pela polivalência do ensino e abrange diversas áreas". O director
também concorda que "é uma mais valia tirar a licenciatura na
UBI". Para além das diversas possibilidades, "o universo e a gama
de conhecimentos de Engenharia Civil são muito vastos". A
Matemática e a Física são a prioridade no primeiro e segundo
ano do curso. Hugo Ramos diz que esta "é um pouco a formação
de base, mas são cadeiras que devem ser revistas". Apesar dos alunos
só entrarem realmente em contacto com a Engenharia Civil a partir do segundo
ano, a componente prática é bastante acentuada.
Para Hugo Ramos, as dificuldades na Matemática e Física deve-se "à
má preparação do ensino secundário". O presidente
diz que "a cultura geral parte de cada um". Afirma: "quero ter cadeiras
que entrem em contacto com a Engenharia Civil".
O trabalho de campo faz parte do ensinamento desta licenciatura. Topografia, Mecânica
dos Solos I e II e Materiais I e II são exemplos onde os alunos têm
contacto com a vida real.
Os Laboratórios, com uma área superior a 3.400 metros quadrados, também
ajudam os alunos a ter uma visão do mundo real da construção.
O ensino está dividido em áreas: o Laboratório de Construções,
o Laboratório de Geotecnia, de Hidráulica, o Laboatório de
Topografia, de Planeamento, o Laboratório de Solos, os Laboratórios
das Estruturas. A maioria desses Laboratórios são de carácter
didáctico, pedagógico e alguns deles são quase voltados ao
âmbito da investigação. Neles participam os alunos nas aulas
e usam a experimentação.
Os Laboratórios da Construção estão apetrechados com
todos os equipamentos que possam resolver, estudar e dar soluções
aos casos mais comuns nomeadamente nos controles tecnológicos de obras. Há
também um Laboratório de Sistema de Informação Geográfica
(SIG) que trabalha com cartografia, "que é uma ferramenta muito forte
para o Engenheiro".
Para além disto, ainda há uma sala onde os alunos podem desenvolver
os seus projectos e maquetagens, uma sala de ensino e recursos informáticos
em que os alunos podem trabalhar fora da aula.
Foi criada no ano lectivo 2002/2003 uma disciplina de Introdução à
Engenharia Civil. A disciplina tem só um semestre e vem substituir a cadeira
de História do Povoamento. Fazer uma espécie de apresentação
ao aluno do que é a profissão de Engenharia Civil e o que um Engenheiro
Civil faz, é o objectivo da cadeira. Segundo Luís Oliveira "isto
serve para tentar dar aos alunos a ideia de que a Matemática e a Física
não é só cultura geral, mas as ferramentas do dia-a-dia".
Acrescenta: "queremos que os alunos tomem ciência do que lhes vai aparecer
e que tenham contacto com a Engenharia Civil".
Restruturação à vista
"O curso será restruturado", afirma o director. Uma discussão
em torno de que Matemática e Física é que os futuros Engenheiros
deverão aprender é o que os docentes deste Departamento vão
fazer. "Temos uma nova proposta de restruturação que passa pela
criação de perfis opcionais dentro de um curso de banda larga. Passa
também pela criação de disciplinas opcionais que possam dar
formação de um Engenheiro de gabinete, o projectista ou o director
de obras". Electromagnetismo dará lugar a uma cadeira que "corresponderá
mais à formação do Engenheiro Civil".
Embora satisfeito com o curso, o director diz que "é necessário
que haja um equilíbrio entre Estruturas e Construção".
Para além de actualmente poderem criar perfis na área de Hidráulica,
o director diz "há docentes em formação", o que faz
com que, no DEC, hajam cerca de 40 por cento dos doutores. "Com a restruturação,
dentro de dois anos, conta-se com cerca de 60 por cento".
"48 Projectos em Investigação"
Em termos pedagógicos, os projectos mais importantes do curso consistem em
avaliar a evolução do plano de estudos do próprio curso. Um
deles consiste em fazer com que haja uma maior eficiência no ensino das Matamáticas
e das físicas e tentar interagir os docentes com as disciplinas de forma
a que o ensino seja voltado ao Engenheiro Civil.
O Centro de Engenharia Civil da UBI (CECUBI) é a unidade de investigação
dentro do DEC. As linhas de orientação estão inseridas dentro
das áreas de ensino que "mais ou menos coincidem com as áreas
de investigação que é a área de Mecânica e Estruturas,
a área de Construção, de Geotecnia, a de Recursos Hídricos
e a área de Palneamento e Urbanismo".
O projecto POCTI (em que as universidades propõem ao Ministério de
Ciência e Tecnologia) financiado pela Fundação de Ciência
e Tecnologia (FCT) é um dos 48 projectos em investigação em
parceria com o DEC. Para além deste, o Departamento tem outro projecto financiado
pela FCT. A influência das propriedades físicas e parâmetros
morfológicos de granitos e calcários na durabilidade do betão
é o nome. "São dois projectos da área da construção
do professor Castro Gomes, no qual eu também actuo", salienta Luís
de Oliveira. Ter um conhecimento aprofundado sobre as influências de agregados
graníticos e calcários na durabilidade dos betões é
o objectivo do projecto.
A requalificação do bairro São Vicente de Paulo foi outro projecto
liderado por Castro Gomes. "É um trabalho interno do grupo da construção".
Luís Oliveira confessa que "há uma metodologia de inspecção
para se saber quais as casas prioritárias a necessitar dessa reabilitação".
"Há uma metodologia que foi desenvolvida no âmbito do próprio
grupo e que se aplica no local".
Os alunos participam nestes projectos juntamente com os docentes nas actividades
de investigação. "Ao mesmo tempo que estão a aprender
o objecto de estudo, estão também a aprender uma certa lógica
de como pensar as coisas, de como investigar".
Há uma série de docentes que trabalham na área de Investigação
de Geotecnia Ambiental e prestam serviços "no sentido de serem consultores
técnicos e directores junto das câmaras municipais das regiões",
acrescenta o director de curso.
Por outro lado, os docentes do DEC são solicitados para "resolver problemas
da região de ordem de segurança estrutural". "Atendemos
boa parte das consultoras da região no controlo tecnológico das estruturas
de betão e temos feito trabalhos de inspecção de estruturas
de edifícios que foram submetidos a algum dano".
"O Engenheiro Civil antes de aprender, precisa de apreender e guardar o que
apreende para o exercício da própria profissão", conclui
Luís Oliveira.
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