Estruturas de
apoio
- Laboratório
de Aerodinâmica e Mecânica de Fluidos
- Laboratório de Sistemas de Aeronaves
- Laboratório de Mecânica de Voo
- Laboratório de Instrumentação e Controlo
- CI - Centro de Informática
Biblioteca
Estrutura curricular
Duração
do curso: 5 anos lectivos
Área científica do curso:
- Aeronáutica e Astronáutica
- Engenharia
Aeronáutica
- Mecânica e Termodinâmica
- Informática, Automação e Controlo
Condições necessárias à concessão
do grau :
- 175 unidades de crédito
Áreas Científicas Obrigatórias:
- Aeronáutica e Astronáutica - 52.5
- Economia e Gestão - 10
- Electrotecnia e Electrónica - 17.5
- Física e Química - 14
- Informática, Automação e Controlo - 20.5
- Matemática - 21
- Mecânica e Materiais - 3.5
- Mecânica e Termodinâmica - 28
- Projecto - 7.5
Condições de acesso:
Provas Específicas:
- Matemática e Física ou Matemática e Química
ou Geometria Descritiva e Matemática
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Em 1991 a UBI criou o curso de Engenharia Aeronáutica.
A primeira licenciatura desta área no País. Cinco anos mais tarde
entraram no mercado de trabalho os primeiros licenciados. Desde essa data, já
se formaram na UBI 112 engenheiros aeronáuticos.
A maioria dos países europeus tem uma indústria e agências aeronáuticas
que desempenham trabalhos na Agência Especial Europeia. "Há três
anos que Portugal é um desses países", declara Koumana Bousson,
vice-presidente do Departamento de Ciência Aeroespaciais. Com a criação
desta licenciatura deixou-se de recorrer a técnicos estrangeiros para a realização
de actividades aeronáuticas no País.
Koumana Bousson assegura que o curso veio colmatar uma lacuna no mercado por isso
a colocação dos diplomados em Engenharia Aeronáutica na UBI
é, até agora, de cem por cento. "Há um bom mercado para
nós, tanto a nível nacional como internacional", garante Rui
Dias, vice-presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeronáutica
da UBI - AeroUBI.
"Não se sabe só Aeronáutica e ponto final!"
Ensinar a construir projectos de aeronaves é o principal objectivo do curso.
Mas num projecto deste carácter é preciso integrar todas as componentes
que podem ajudar a cumprir uma missão de voo. "Fazer um projecto de
uma aeronave é um processo multidisciplinar", afirma Koumana Bousson
por isso os alunos têm formação em matemática aplicada
e informática através de cadeiras de análise matemática,
análise numérica, controlo de sistema de voo, informação
e controlo, entre outras.
Em Dezembro de 2001 a Ordem dos Engenheiros acreditou o curso e sugeriu uma maior
adaptação às exigências do mercado. O Departamento de
Ciências Aeroespaciais acatou a sugestão e reestruturou a licenciatura.
O tronco comum do curso é a área de projecto. Mas no 4º ano,
para permitir uma especialização dos alunos, foram introduzidas cadeiras
opcionais: aviónica e controlo; gestão de transportes aéreos
e operação de aeronaves, e, astrodinâmica (operação
com satélites).
"As instalações são óptimas", sustenta Rui
Dias. São cinco os laboratórios, onde em conjunto, alunos e docentes
podem desenvolver projectos e investigações extracurriculares. Os
laboratórios de aerodinâmica e propulsão; dinâmica de
fluidos computacional; aviónica e controlo; estruturas e vibrações;
anemónica (onde se simula e se estuda, através de túneis de
vento, as características aerodinâmicas das aeronaves).
Um Engenheiro Aeronáutico formado na UBI sai habilitado para trabalhar ao
nível do projecto e fabrico de aviões e suas componentes, na manutenção,
reparo e operação de aeronaves, assim como, no controle de tráfego
aéreo e aeroportos. Também sairá preparado para exercer actividades
de ensino.
"Muitos alunos entram para o curso com a ideia de fazer design automóvel
ou estudar as suas performances", afirma Rui Dias. Não tem a ver directamente
com aeronaves, mas tem a ver com as dinâmicas que se ensinam no curso só
que na vertente automóvel. Neste sentido é possível, para um
Engenheiro Aeronáutico, aplicar os seus conhecimentos noutros tipos de trabalhos.
Projecto SKYGU@RDIAN
O Departamento de Ciências Aeronáuticas não se deixa ficar pela
Serra da Estrela. Existem relações de intercâmbio, de professores
e alunos, com Inglaterra, Itália, França, Polónia e Hungria.
Na área da investigação existem as cooperações
da Escola Nacional de Viação Civil em França e do Instituto
Tecnológico no Brasil e também cooperações com universidades
portuguesas.
"Todas as investigações que fazemos têm a colaboração
de universidades estrangeiras e portuguesas, mas não só", esclarece
Koumana Bousson.
Um bom exemplo disso é o SKYGU@RDIAN, o mais recente projecto do Departamento.
Está a ser realizado em colaboração com a UBI, a ESTG - Escola
Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria e a PLASDAN - empresa de moldes
para plásticos.
A PLASDAN tinha um projecto em conjunto com a Universidade de Aveiro para a construção
de um carro mas o projecto não foi para a frente. Posteriormente houve um
contacto com o Departamento de Ciências Aeroespaciais da UBI e surgiu a ideia
de se construir uma aeronave. Pretende-se fabricar um UAV, uma aeronave não
tripulada de pequeno porte. Tem como objectivo a vigilância de terrenos, para
se prevenir grandes incêndios, a supervisão marítima e bem como
a medição dos parâmetros atmosféricos.
A PLASDAN está encarregue da transferência de informação
e da comercialização do projecto. A ESTG trata dos componente electrónicos
e da construção dos moldes. A UBI tem a seu cargo o projecto conceptual
e o projecto detalhado do trem de aterragem e de todos os sistemas de controlo mecânicos.
A instalação do motor, o estudo aerodinâmico, a simulação
da estrutura em elementos finitos, a optimização do voo e algoritmo
de navegação e o teste da asa após a sua construção
são projectos, ligados ao SKYGU@RDIAN, que vão ter a participação
dos alunos ubianos.
"A aeronave tem um tamanho modesto, porque é mais barato", explica
Koumana Bousson. O tempo previsto para a realização da aeronave é
de três anos. Tem um custo estimado em 50 mil euros e poderá ser apoiado
pelo Programa Novo da Agência de Inovação do Ministério
da Ciência e do Ensino Superior e financiado pelo Ministério da Economia
através do Projecto Ideia.
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