O Aeródromo da Covilhã foi palco de mais umas jornadas de aeronáutica
Jornadas de Aeronáutica da Covilhã
O voo para a formação

Os alunos de Engenharia Aeronáutica organizaram mais umas jornadas deste curso. As conferências contaram com a participação de antigos alunos da UBI. Nos últimos dois dias estiveram presentes no Aeródromo da Covilhã entre cerca de quatro mil pessoas.


Por Elisete Costa


Conferências de empresas como a AIRBUS, a TAP ou a Rolls Royce, uma feira aeronáutica e festival aéreo foram os principais atractivos das Jornadas de Aeronáutica da Covilhã 2003. De 15 a 18 de Maio, os alunos de aeronáutica tiveram oportunidade de contactar com as diversas áreas deste curso. Nuno Neto afirma que "este evento serviu para arranjar contactos e possíveis estágios para recém-licenciados". Como presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeronáutica, realça que "as principais dificuldades para a realização deste evento foram de nível financeiro, apesar dos apoios da Câmara Municipal e da Associação Académica".
Estas jornadas foram divididas em dois dias de conferências e os restantes dedicados ao festival aéreo no aeródromo da Covilhã. Pára-quedismo, aeromodelismo, voos de demonstração e acrobacia aérea foi o que se pôde encontrar nos céus da cidade no passado sábado e domingo. Nesta iniciativa participaram aviões como o Chipmunk, BN Islander, os auto-gyros e uma aeronave T-6 A da Força Aérea, igual à que se despenhou em Sintra no passado domingo. Quem quis ver a terra de outro ângulo pôde fazê-lo, já que neste festival era permitido voar por um preço que variava entre os 20 e os 35 euros.

Um caso de sucesso

As conferências tiveram a participação especial de antigos alunos de aeronáutica. Depois de ter acabado o curso em 1999, Nuno Taborda regressa à UBI agora como trabalhador da Rolls Royce para explicar como funciona a empresa. Doutorado em Cranfield, Inglaterra, afirma que "a vida social e académica na Covilhã foi muito intensa". Adianta ainda que "a preparação neste curso na UBI foi excelente" e deu-lhe as "ferramentas necessárias para conhecer outro mundo, coisas novas".
A colaborar nesta transnacional desde Dezembro de 2001, diz que se sente realizado e que "trabalhar na Rolls Royce é um sonho para qualquer engenheiro". Regressar a Portugal é um ambição, mas "não por enquanto", até porque a indústria aeronáutica portuguesa é "um pouco limitada em relação a empresas internacionais que conseguem absorver um grande número de especialistas".
Hugo Raposeiro foi outro convidado. A trabalhar na AIRBUS, falou nas conferências dos departamentos desta empresa, das suas divisões, responsabilidades e funções. Depois de ter passado pela TAP, salienta que Engenharia Aeronáutica foi um curso que o "preparou o suficiente para poder trabalhar no estrangeiro." A sua maior ambição está cumprida. Agora pretende continuar nesta empresa, "tentar progredir lá dentro e o futuro logo se vê".
Nuno Neto faz um balanço muito positivo destes quatro dias. Segundo o mesmo, "foi até um milagre a realização destas jornadas devido ao pouco tempo de existência deste núcleo de estudantes". Adianta ainda que "o bichinho da aviação está presente em quase toda a gente", daí a muita afluência a este evento. Nos dois dias de jornadas no aeródromo da Covilhã estiveram presentes cerca de quatro mil pessoas.