As caldas do Interior









Monfortinho









Por Eduardo Alves



Separada de Espanha apenas pelo rio Erges, a povoação de Monfortinho desde cedo criou pontes de união com o país vizinho. A raia é também sinónimo de interiorioridade profunda e este freguesia quase que parou no tempo. Toda a movimentação humana e rodoviária das cidades fica para lá das montanhas que albergam aldeia históricas como Monsanto e Penha Garcia.
Uma das mais importantes estancias termais de Portugal, Monfortinho guarda ainda algum romantismo do tempo de "ir a banhos". A aldeia vive em torno do grande complexo erguido sob a direcção dos Condes da Covilhã no início da década de 30. Duas grandes construções edificadas no extremo Norte da aldeia, unidades hoteleiras que servem os utilizadores das termas.
A água com elevados teores de sílica, proveniente das entranhas da serra de Penha Garcia atraem a este lugar milhares de pessoas desde meados do século XX. Contudo, existem registos datados da ocupação romana que referem já o aproveitamento para fins medicinais destas águas.
Na pacata freguesia, as ruas largas ladeadas por pinheiros bravos escondem um casario térreo e pouco trabalhado. O lugar da Torre e os dois hotéis que albergam o complexo termal são os pontos de maior referência, merecedores de visita mais demorada.
O silêncio e a tranquilidade parece brotar com as águas hipomineralizadas. O facto de ser destino de grande número de pessoas, não lhe retira o sossego e a interioridade profunda. Em circuito pedestre, Monfortinho leva pouco mais de 30 minutos a percorrer. Suficiente para motivar uma imersão nas águas das termas, cuja época começou na primeira semana de Maio.


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