A equipa do Centro Regional de Sangue de Coimbra está hoje no Pólo do Ernesto Cruz
Dádiva
Sangue por uma vida

Uma equipa do Instituto Português de Sangue desloca-se por duas vezes à Covilhã para proceder a uma recolha de sangue. A primeira foi no dia 6 de Maio e hoje, dia 13, é a última oportunidade para salvar uma vida.



Por Andreia Ferreira


Doar sangue foi a boa acção do dia de alguns estudantes ubianos. A colheita, promovida pelo Centro Regional de Sangue de Coimbra (CRSC), decorreu à entrada da Biblioteca da Universidade da Beira Interior. A equipa composta por técnicos, dois médicos e três enfermeiros empenhou-se na iniciativa que correspondeu às expectativas.
Inscreveram-se 72 pessoas quando eram previstas 70 e no final do dia o saldo foi de 62 sacos de sangue. A adesão foi, então, de 50 por cento de dadores pela primeira vez, sendo que os restantes 50 por cento eram já inscritos pelo Instituto Português de Sangue. Enfrentar a agulha e perder quase meio litro de sangue é compensado "por saber que pode salvar a vida de alguém", refere Ruth Andrade, aluna de Informática Ensino, a doar sangue pela primeira vez.
Para além de terem entre 18 e 60 anos e o peso mínimo de 50 quilos, os
dadores fazem o teste da hemoglobina, medem a tensão arterial e conversam com o médico acerca de antecedentes de doenças, de modo a saber se têm ou não condições para doar sangue.
O que motiva a maioria dos dadores é, principalmente, um grande sentimento de humanidade, mas também algumas vantagens, como isenção das taxas moderadoras e o facto de fazerem análises regularmente. Por permitir um maior controlo em termos de virologia muitas pessoas preferem não doar sangue pois "sentem-se receosos, com medo de descobrir alguma doença", explica o médico Luis Carlos Rito presente na biblioteca.
A equipa do CRSC efectua uma digressão por algumas universidades e politécnicos do País e encontra-se hoje, pela última vez na Covilhã, no pólo da Ernesto Cruz.