Por agora, o edifício não vai abaixo pois
"está muito dinheiro em jogo"
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Edifício continua de pé
Torre de Santo António aguarda fim da
negociação
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Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi
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A autarquia da Covilhã e o Montepio Geral
estão a tentam encontrar uma "solução equilibrada"
para a Torre de Santo António. O dado é avançado pelo director
coordenador da entidade proprietária do edifício, Jorge Monteiro.
Posta de parte por agora a demolição, uma vez que a Câmara serrana
revogou a deliberação feita a 7 de Junho de 2002, as entidades concertam
esforços para encontrarem uma solução que tenha em conta os
interesses de ambas. "Em vez de ficarmos à espera de uma decisão
do tribunal, estamos a tentar negociar", assegura Jorge Monteiro, que confirma
a total disponibilidade da entidade bancária para esse objectivo.
Também da parte da edilidadecovilhanense há vontade para se chegar
a um acordo, "dentro de uma compatibilização de interesses do
município e do Montepio Geral". Jorge Monteiro refere também
que a situação é "complexa", porque está "muito
dinheiro, mesmo muito dinheiro em causa".
Recorde-se que a decisão de a Torre de Santo António vir abaixo foi
tomada pelo executivo camarário na reunião de 7 de Junho do ano passado.
A deliberação vinha no seguimento do pedido interposto pelos donos
do edifício para a revalidação da licença de construção,
e recusada pela maioria social-democrata na Câmara. Na altura, o único
vereador da oposição, Miguel Nascimento, congratulava-se com a decisão
do executivo, uma vez que a "aberração arquitectónica"
punha em causa o "impacto ambiental" na zona de Santo António.
Porém, a autarquia recuou na deliberação, tendo proposto à
entidade bancária a apresentação de um projecto de loteamento
de moradias e blocos que não ultrapassassem os três pisos. As negociações
entre as duas instituições mantêm-se.
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