Por Ana Rodrigues


Esta estação meteorológica será a terceira na Covilhã, mas a única que se localiza dentro da cidade

O director da Companhia Espacial Portuguesa (CEP), Dinis Ribeiro, deslocou-se à UBI na passada quarta feira, dia 30, para ensaiar a montagem de uma estação meteorológica automática nas instalações da Universidade.
Dinis Ribeiro considerou a instalação desta estação meteorológica um primeiro passo para futuras medições mais sofisticadas com instrumentos especializados, nomeadamente no âmbito da astrofísica e da micro-meteorologia, para ser usada em eventual investigação feita pela própria empresa.
Este projecto engloba-se num protocolo de colaboração, ainda a ser ultimado, entre a CEP e a UBI. Desenvolver instrumentação aeroespacial é o objectivo visado pelo director da companhia, que fez referência a balões e foguetes de sonda e ainda à fabricação em série de pequenos complementos aos produtos das multinacionais.
"O que queremos fazer é o mapeamento tridimensional das condições climatéricas na zona da Covilhã, nomeadamente para a prática do desporto aeronáutico", revela Dinis Ribeiro, acrescentando ainda que esta "estação de referência" é apenas a primeira etapa.
A empresa, proprietária dos dados a serem recolhidos na estação, pretende facultá-los através da Internet. O director entende que para além de as pessoas poderem vir a saber objectivamente o tempo que faz na zona da Universidade, vai também permitir que conheçam melhor a electrónica digital. E salientou a utilidade da estação não só para a Engenharia Aeronáutica como para todas as engenharias, sobretudo ao nível da calibração de instrumentos.
José Miguel Silva, do Departamento de Ciências Aeroespaciais, disse que a ideia para a instalação da estação surgiu de um primeiro contacto por parte da CEP, ao procurar licenciados para frequência de estágios profissionais. "Depois adiantou-se este cenário. Uma colaboração que pudesse envolver os próprios alunos finalistas e de outros anos num projecto de âmbito comum, entre a Universidade e a empresa", referiu.
Para José Miguel Silva esta é uma forma complementar de promover as actividades lectivas dos alunos e até da investigação que pode ser feita. E adiantou que é também um pequenino passo para se conseguir fazer algum tipo de actividade no domínio aeroespacial.
Esta será a terceira estação de aquisição de dados meteorológicos na zona da Covilhã e a única dentro da cidade. Um equipamento considerado útil para a universidade e para a comunidade em geral.