Comunidade de Lisboa também quer estrutura semelhante
Museu Judaico de Belmonte tem prioridade
Apesar da Comunidade Judaica de Lisboa querer
um museu, a prioridade do Governo vai para Belmonte. Foi esta a garantia deixada
pelo ministro da Cultura, Pedro Roseta, nas festas do concelho.
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João Alves
NC/Urbi et Orbi
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"Não há política sem prioridades. O Museu Judaico de
Belmonte tem prioridade". Foi esta a garantia deixada pelo ministro da Cultura,
o covilhanense Pedro Roseta, no sábado, 26, dia do concelho de Belmonte.
Respondendo aos apelos do autarca belmontense, Amândio Melo, que pretende
criar uma rede temática de cinco museus na vila e que por isso, pediu apoio
ao Governo, Roseta foi taxativo: "Vamos estudar os dossiers. Não podemos
fazer tudo de uma vez". O membro do Governo diz já ter falado com
Melo sobre o Museu Judaico, que está já em construção,
mas que "não se pode fazer tudo de uma assentada. A cultura é
um factor de futuro, mas o ministério tem que ter em conta todos os concelhos
em Portugal. Os ministros não podem ter saco azul" afirma Roseta.
Antes, durante a sessão solene evocativa do dia do Concelho e da primeira
missa celebrada pelos portugueses no Brasil, o autarca local, Amândio Melo,
lembrou as prioridades para este mandato, como o Complexo Desportivo ou o Parque
Industrial, mas salientou que a forte aposta de Belmonte é no turismo cultural.
"Precisamos de ajuda, pois estamos a construir cinco museus. Já temos
todos os edifícios em causa adquiridos, o que é também uma
forma de recuperarmos algum património" afirma Amândio Melo.
E adianta que "este é um investimento muito grande, pelo que contamos
com a sua ajuda". Também presente na terra de Pedro Álvares
Cabral, o cônsul do Brasil, Sérgio Palázio, lembrou Roseta
das imensas dificuldades e "percalços" que a população
brasileira encontra para se radicar em Portugal, pelo que pediu "mais flexibilidade
ao Governo" no que concerne à Lei da Imigração. Já
Pedro Roseta, antes de depositar uma coroa de flores à estátua do
descobridor do Brasil, disse que o Governo pretende estimular a ligação
entre os dois países, pois existem nas mentes das pessoas "ideias
já feitas dos mesmos, sem o devido conhecimento". Quanto às
reinvindicações belmontenses classifica-as de "positivas",
pois "querem dizer que a cultura é fundamental ao desenvolvimento".
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