As duas equipas terminaram o encontro
sem marcar um único golo
Ficha
do Jogo
Campo
de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(04-05-2003)
Árbitro: António
Resende
Auxiliares: Luis Marcelino e Valter Oliveira
Sp. Covilhã- 0
Celso, Piguita, Moisés, Pinheiro, Trindade (46' Rui Morais), Paquito
(57' João Carlos), Mauro, Anky, Edgar, Nini (73' Nii Amo) e André
Cunha.
Suplentes não utilizados: Luciano, Marco Abreu, Jorge Humberto
e Tarantini.
Treinador: João Cavaleiro
Farense- 0
Candido, Hélder Rosário, Nuno Campos, Nabor, Hassan (90'
Hugo Gomes), Rodrigo, Laranjo, Bruno Mestre, Carlos Costa, Agasson e Bruno
Alves.
Suplentes não utilizados: Gonçalo, Ruben e Pelé.
Treinador: Hajry
Ao Intervalo: 0-0
Disciplina: cartão
amarelo a André Cunha (27'), Edgar (38'), Paquito (56'), Moisés
(90), Anky expulso por acumulação (48' e 85');
Bruno Mestre (45'), Rodrigo (73'), Nuno Campos expulso por acumulação
(56' e 84')
Figura do Jogo: Pinheiro
O jogador da equipa serrana que esta época tem conseguido
manter uma regularidade na qualidade das suas exibições.
Mais uma vez foi preponderante em todo o terreno de jogo, jogou bem na
antecipação a defender e subiu sempre para a marcação
de muitas bolas paradas e apoiar o sector ofensivo, faltou somente coroar
esta exibição com um golo.
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Manutenção a um passo
Crise de golos no Santos Pinto
A trigésima jornada opôs duas
equipas que lutam pela manutenção na II Liga, mas Covilhã
e Farense terminaram empatados. No final, o treinador João Cavaleiro, que
considerou o resultado "injusto" confirmou a permanência no clube
serrano por mais uma época.
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Por Paulo Galhardo
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No início das épocas os clubes traçam objectivos concretos
em relação às posições classificativas que
almejam conquistar, reforçam planteis e analisam os possíveis cenários
das suas prestações. O Sporting da Covilhã começou
por surpreender ao conquistar um lugar de topo nas primeiras jornadas, mas com
o desenrolar da liga passou a lutar pela permanência, algo que se encontra
muito perto de assegurar. Situação inversa aconteceu com o clube
de Faro, apontado por todos desde cedo como favorito à subida. Dimensionado
a um nível financeiro acima das suas possibilidades, actualmente o Farense
está em risco de desaparecer, a maioria dos atletas com salários
em atraso, estádio penhorado, crise directiva e sem que surjam opções
para a resolução destes problemas.
Por tudo isto, atribuía-se o favoritismo à equipa serrana que jogava
em casa. O Santos Pinto foi bastante concorrido, esperando-se um jogo pleno de
competitividade e emoção. Antes do início do desafio, prestou-se
uma homenagem de um minuto de silêncio pela morte do árbitro Nuno
Mendes.
A partida começou com bastante velocidade, sendo que a primeira oportunidade
de golo surgiu aos dez minutos e pertenceu ao Farense, Bruno Mestre cruza da direita
e Piguita ao tentar cortar toca a bola com a nuca e quase trai Celso com a bola
a rasar a trave.
A resposta aos treze, parte dos pés de Mauro para a cabeça de André
Cunha que atira por cima do travessão defendido por Cândido.
Na marcação de um canto Rodrigo (16') coloca tenso ao primeiro poste
para Hassan, em voo à peixe tentar cabecear, mas este atira por cima da
trave.
O jogo ficou algo descaracterizado, com muitas bolas pelo ar e pouco discernimento,
só de bola parada o perigo voltou a rondar as balizas, Bruno Alves (39')
de livre atira muito forte obrigando Celso a defesa de recurso com o joelho. Esta
foi a última oportunidade antes do intervalo.
Cavaleiro para o reatamento deixou o capitão Trindade nos balneários
para lançar Rui Morais, na tentativa de explorar mais a ala direita, e
foi dos pés deste jogador que surgiu no minuto cinquenta um remate perigoso
à entrada da área, mas que saiu a rasar o poste.
O Covilhã começava a dominar o meio campo, o técnico decidiu
então tirar Paquito (57') e lançar João Carlos. Na marcação
de um livre, Moisés (59') colocou na cabeça de Mauro que atirou
ligeiramente por cima da trave.
O pendor ofensivo do Covilhã permitia ao Farense explorar o contra-ataque,
Nabor (72') quase consegue com um potente remate a 30 metros da baliza surpreender
Celso, que contudo se opôs eficazmente. O técnico serrano esgotou
as substituições com a saída de Nini (74'), entrada de Nii
Amo.
Num pobre espectáculo de futebol, as equipas controlavam-se mutuamente
sem que durante muitos minutos se conseguissem aproximar com perigo das balizas.
Numa reposição de bola (84'), por demorar Nuno Campos é castigado
com segundo amarelo e consequentemente recebe ordem de expulsão. Factor
de que a turma serrana não conseguiu tirar proveito pois dois minutos volvidos
(86') também Anky acumula o segundo amarelo e é expulso, por tocar
propositadamente a bola com a mão.
O jogo podia ter tido outro desfecho caso o árbitro tivesse assinalado
uma queda na área de João Carlos (88') que actuava como avançado.
Situação idêntica que se repetiu na etapa complementar, com
a exibição de amarelo a Moisés quando este fintava o último
defensor da turma algarvia. O jogo terminou logo a seguir.
"O desejo da direcção, coincide com
o meu de permanecer aqui por mais uma época"
Luís Manuel, técnico adjunto do Farense
reforçou a ideia de que o seu plantel está unido no objectivo
da luta pela permanência e do melhor para o clube, é esse o espírito
que impera no balneário. Fora deste vive-se uma situação
anómala, que prejudica muito o grupo de trabalho, não fora isso
e estariam a lutar pela subida, confessa.
Do lado do Covilhã, Cavaleiro pôde confirmar de que renovou o seu
contrato para mais uma época, algo que lhe agradou e partiu da direcção
do clube. Não tão do seu agrado, foi o resultado, que considerou
injusto até porque na segunda parte os jogadores cumpriram com as instruções
faltando-lhes apenas a sorte. "Mostraram muito espírito de entrega
à luta, foram briosos e competitivos, mas não concretizaram e
não puderam ainda celebrar a conquista da manutenção".
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