No âmbito do Programa Polis
Praça Velha é objecto de alterações urbanísticas

A obra de remodelação da Praça Velha será posta a concurso no próximo mês. A intervenção estará a cargo do programa Polis e a intervenção poderá custar cerca de um milhão e 500 mil euros.

Hélder Sequeira
NC/Urbi et Orbi


A zona da Praça Velha, junto à Sé Catedral da Guarda, será objecto de uma intervenção urbanística que trará significativas alterações, a concluir em Junho de 2004. A estátua de D. Sancho I vai ser deslocada para mais perto da Catedral, proporcionando um maior espaço para a zona de lazer a implantar na praça, onde continuará a ser feita a circulação automóvel, embora no sentido ascendente.
A obra de remodelação será posta a concurso no mês de Maio, prevendo-se que os trabalhos tenham início em Setembro do corrente ano. Os valores ainda não estão definidos e dependem do tipo de material a utilizar mas podem custar cerca de um milhão e 500 mil euros.
O projecto, da autoria do arquitecto Camilo Cortesão, prevê uma intervenção no piso em toda a área envolvente da Sé Catedral, com a implementação de declives, na zona da praça, os quais terão a funcionalidade de bancos. Nesta alteração está incluída a mudança da estátua, que ficará ao fundo da Rua Miguel de Alarcão.
De acordo com Maria do Carmo Borges, presidente da Câmara Municipal da Guarda, será preservada a configuração daquele espaço, bem como dos seus elementos identificativos. Os actuais passeios vão também permanecer como forma de permitirem a identificação das diferentes fases de evolução do referido espaço citadino. De referir que a escolha do local onde vai ficar a estátua foi condicionada por questões de segurança, nomeadamente tendo em conta a circulação de carros de bombeiros e de aproximação à Catedral.
As obras de remodelação urbanística da Praça Velha integram-se no Programa Polis, no âmbito do qual foi inicialmente pensada a construção de um túnel de ligação entre a Rua 31 de Janeiro e a zona da Igreja da Misericórdia. Os estudos geológicos que foram feitos apontaram para a impossibilidade de implementar essa estrutura, pelo que é necessário encontrar alternativas para desviar o trânsito automóvel da Praça Velha. Para isso poderá contribuir o arranjo de que vai ser alvo a Avenida dos Bombeiros, onde estão previstas zonas de estacionamento.
Ainda relativamente à circulação de automóveis, ela vai ser, por enquanto, mantida, estando a ser ponderada a hipótese de inverter o sentido na Rua 31 de Janeiro. Em vez de ser ascendente passar a ser descendente e, nesse caso, haveria maior facilidade de retirar os veículos da Praça Velha, onde apenas seria permitida a entrada de veículos para cargas e descargas e "possivelmente, para transportes urbanos".