Promotor da obra não esperou
licenciamento camarário
Demolição da "Casa da Cisterna"
embargada
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NC/Urbi et Orbi
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O IPPAR acusa o dono da obra de iniciar a demolição da casa sem
o devido acompanhamento
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A demolição da chamada "Casa
da Cisterna" está embargada. O imóvel, situado na Rua 1º
de Dezembro, nº 10, e classificado, desde 1982, como "imóvel de
interesse público" - mesmo por detrás do edifício da Câmara
Municipal da Covilhã -, começou a ser demolido. No entanto, e de acordo
com o director da delegação regional de Castelo Branco do Instituto
Português do Património Arquitectónico (IPPAR), "o promotor
da obra não tinha licenciamento camarário". José Afonso
explica que o vice-presidente do organismo, Paulo Pereira, a quem foi remetido um
pedido de demolição, autorizou que a fachada viesse abaixo, "com
o devido acompanhamento arqueológico". Coisa que, assegura José
Afonso, não se verificou. "O promotor da obra procedeu à sua
demolição sem ter sido emitido o licenciamento camarário. E
não aguardou sequer a chegada do parecer do IPPAR", esclarece o director
regional, acrescentando que "o prevaricador agiu incorrectamente". José
Afonso classifica de "grave" o facto de ter havido já remoção
de solos, bem como o levantamento de pedras.
Quanto à demolição do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários,
cujo processo de embargo seguiu para o Ministério da Cultura, o responsável
pela delegação regional do Instituto diz que aguarda resposta. Recorde-se
que este caso motivou a troca de alguns "mimos" entre aquele organismo
e a Câmara Municipal da Covilhã. Entretanto, a situação
parece estar ultrapassada. Isto porque, revela José Afonso, há cerca
de um mês atrás, os responsáveis do IPPAR e João Esgalhado,
vereador com o pelouro da Habitação na autarquia covilhanense, estiveram
reunidos. "Há uma perfeita coordenação entre a Câmara
Municipal da Covilhã e o IPPAR, coisa que não acontecia antes",
garante o director regional.
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