A Vila do Carvalho, no concelho da Covilhã, viu inaugurada, no dia 25
de Abril, a nova sede da Junta de Freguesia. A cerimónia teve lugar após
a Sessão Solene da Assembleia Municipal, que se realizou pela primeira
vez na localidade. "Trata-se de uma obra impar onde o cidadão pode
exercer a sua acção democrática", sublinha José
Espinho, presidente da Junta de Freguesia.
Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã considera
que a nova infra-estrutura é um "espaço concebido com visão
de futuro". A sede dispõe de salas para reuniões, gabinetes
e espaços para atendimento. Localiza-se no edifício da Extensão
de Saúde, inaugurado no passado dia 14 de Março. Segundo Pinto "este
edifício é uma homenagem ao poder local, ao 25 de Abril e a todos
os autarcas que desde essa data passaram pela Junta de Freguesia e cujas condições
não eram as melhores".
O edifício enquadra-se no futuro Centro Cívico da Vila do Carvalho,
onde já está construído o pavilhão polidesportivo
e o mercado municipal. No futuro o Centro Cívico irá ainda incluir
uma biblioteca, um restaurante, um auditório com cem lugares e capacidade
para projecção de cinema, assim como a sede do Grupo Recreativo
Carvalhense. No total as obras rondam um investimento de um milhão e 250
mil euros.
José Espinho aproveitou a presença do presidente da Câmara
para lembrar a importância que a revisão do Plano Director Municipal
(PDM) tem para a freguesia. "É necessária a criação
de novas zonas habitacionais que impeçam a saída dos jovens da vila".
Carlos Pinto garantiu que "o anseio do presidente da Junta vai ser atendido
porque a Câmara também quer criar zonas de expansão".
O arranjo da zona ribeirinha e o arruamento de algumas estradas são outras
das ambições de José Espinho que pretenda ainda criar um
gabinete de apoio aos munícipes, na área das finanças, na
nova sede da Junta de Freguesia.
Populares e políticos ouviram as preocupações
dos vários partidos
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"Valorizar a democracia"
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A importância do poder local foi um dos temas em destaque na Sessão
Solene da Assembleia Municipal. Todos os partidos defendem o papel das autarquias
para o desenvolvimento do País. "A redução de receitas
das Câmaras Municipais por via da SISA, sem que as mesmas sejam compensadas
pelo Orçamento Geral do Estado" foi uma das questões abordadas
por Pedro Leitão, do PS.
O desemprego e as assimetrias existentes entre o Litoral e o Interior foram outras
das problemáticas referidas. Jorge Fael, da CDU lembrou o aumento do desemprego
em Portugal. Pedro Leitão referiu o caso concreto da região da Cova
da Beira onde "em pouco mais de um ano encerraram mais de 20 empresas e ficaram
desempregadas mais de duas mil pessoas. Segundo Isilda Barata do PP, "Portugal
tem todas as condições para retomar a economia" e acrescenta
que "a chave do sucesso dependerá das empresas, dos empresários
e dos trabalhadores".
Os políticos sublinharam a importância de uma aproximação
entre governantes e governados e de uma valorização da democracia.
PS e CDU aproveitaram ainda a oportunidade para criticar a posição
que Portugal assumiu no ataque contra o Iraque.
O presidente da Câmara Municipal da Covilhã frisou a importância
do poder local, "aquele que está mais próximo dos cidadãos
e melhor conhece os seus problemas".
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