Valor máximo pode chegar os 770 euros
Propinas aumentam
O ministro da Ciência e do Ensino Superior anunciou, em entrevista ao "Expresso"
que no próximo ano lectivo vai entrar em vigor um novo regime de propinas.
Os futuros alunos universitários pagarão um valor que poderá
atingir os 770 euros. O valor mínimo ainda não está estabelecido,
mas deverá ser superior aos 350 euros que os estudantes pagam actualmente.
Na entrevista o ministro explica que "serão as universidades e os
politécnicos a fixar o valor, que terá de ter em conta a qualidade
dos cursos, a expectativa de emprego e o ganho pessoal de cada um com o diploma
que decidiu obter". Os alunos que chumbarem serão penalizados na medida
em que terão de pagar uma taxa suplementar de 25 por cento sobre o valor
da propina, caso não completam pelo menos 50 por cento das disciplinas
em que se inscreveram.
A fórmula de financiamento também vai ser alterada. Até aqui
o principal factor considerado era o número de alunos da instituição
mas no próximo ano passará a ser a graduação do corpo
docente.
Segundo Pedro Lynce no próximo ano poderá haver "menos 3500
vagas no Ensino Superior". De um modo geral as universidades irão
sofrer uma redução de cinco por cento e os politécnicos,
dez por cento. Lynce continua no entanto a defender "uma discriminação
positiva" para as universidades do interior do País no que diz respeito
à atribuição de vagas.
Os doutoramentos passarão a ser exclusivos das universidades, mas somente
daquelas "onde exista um corpo docente qualificado", diz o ministro.
Já os mestrados podem também ser dados nos politécnicos mantendo-se
a mesma regra.
Pedro Lynce prevê ainda a criação de um conselho consultivo
nas universidades onde a sociedade civil esteja representada. Os estudantes vão
ainda perder peso nós órgãos colectivos em benefício
dos professores que ficarão com representação maioritária.
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