O brasileiro Cármelo de Los Santos foi o vencedor do prémio Júlio
Cardona. A concorrer na modalidade de violino, classe A, o jovem músico
arrecadou o prémio atribuído pela Universidade da Beira Interior,
no valor de dois mil e 500 euros. O violinista foi ainda distinguido como o melhor
intérprete da peça obrigatória. O músico afirmou-se
"surpreendido" por ter ganho dado "o alto nível dos outros
concorrentes".
Bruno Borralhinho e Miguel Fernandes foram considerados os melhores intérpretes
da Covilhã na categoria violoncelo, classe A e B, respectivamente. Borralhinho
mereceu ainda uma distinção especial do júri e Miguel Fernandes
uma menção honrosa. Destaque ainda para Francisco Fullana, de Espanha,
que com apenas 12 anos venceu o primeiro prémio de violino classe B em
ex-aequo com Alvarbruckner, da Arménia, e foi considerado o melhor intérprete
da peça obrigatória na mesma categoria.
O 4º Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona terminou na passada
quinta feira, 17 com a entrega de prémios, um concerto da Orquestra Sinfónica
da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco e com um recital
a cargo dos laureados. A cerimónia contou com a presença de Pedro
Roseta, ministro da Cultura.
Ivo Cruz, presidente do júri do concurso considera que "esta quarta
edição foi a melhor de sempre" e acrescenta que "foi muito
difícil escolher os vencedores". O maestro defende ainda um maior
contacto com os centros culturais europeus e mundiais para que o número
de inscrições aumente".
A quarta edição do único concurso de instrumentos de arco
existente em Portugal contou com 99 inscrições e 60 participantes
de 20 países de todo o mundo.
Concurso de Piano em 2004
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã agradeceu o trabalho
desenvolvido pelo maestro Campos Costa, membro da Delegação da Covilhã
da Juventude Musical Portuguesa, entidade organizadora do evento. O autarca acabou
por desafiar o maestro a retomar o concurso de piano da cidade.
Campos Costa aceitou a proposta com entusiasmo na tentativa de repor o concurso
que o próprio criou em 1970 e que por "várias vicissitudes"
tem estado inactivo. Segundo o maestro "o concurso de piano pode ser intercalado
com o de instrumentos de arco que se realiza de dois em dois anos", ou seja
terá lugar já em 2004.
A quarta edição do Concurso de Instrumentos de Arco Júlio
Cardona custou 60 mil euros. Trinta mil são suportados pelo Instituto Português
das Artes e Espectáculos, uma entidade a cargo do Ministério da
Cultura. A organização ainda não recebeu este montante, mas
Campos Costa está confiante que isso aconteça rapidamente. A Câmara
da Covilhã contribuiu com cinco mil euros, o piano e com a logística
envolvente.
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