Pedro Roseta diz que o financiamento para o Centro de Artes
também está dependente dos critérios de Bruxelas
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Ministro da Cultura não garante
apoio financeiro
Centro de Artes continua incerto
Na passagem pela Covilhã, Pedro Roseta
não deu garantias de financiamento para o Centro de Artes. A ambição
da autarquia aguarda ainda uma resposta do Ministério da Cultura.
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Por Catarina Rodrigues
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"Há uma candidatura e todo o esquema
de financiamento está em estudo dentro do Programa Operacional da Cultura".
Foi com estas palavras que Pedro Roseta respondeu à pretensão da Câmara
da Covilhã em construir o Centro de Artes da cidade.
Aproveitando a presença do ministro da Cultura, que assistiu ao concerto
de encerramento do 4º Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona,
Carlos Pinto, presidente da autarquia covilhanense lembrou que "o Estado tem
a obrigação de proporcionar os espaços onde a cultura se possa
desenvolver". O edil considera que o Teatro Cine é "uma casa carregada
de história e tradição" mas sublinhou a necessidade de
um novo local para a realização de espectáculos.
Contudo, o ministro da Cultura não garantiu apoios financeiros uma vez que
"também há fundos europeus e muitas decisões estão
sujeitas aos critérios de Bruxelas". Sem avançar qualquer data,
Pedro Roseta afirmou fazer o possível para que a ambição da
Câmara da Covilhã se concretize.
O responsável do Governo lembrou que "por ser covilhanense não
pode alterar os critérios estabelecidos pela Europa". Roseta considera
que Covilhã dispõe de uma rede de instituições no campo
da cultura que não existem noutras partes do País, nomeadamente em
concelhos vizinhos. "Isso deve-se muito aos covilhanenses", sublinha.
O ministro refere a Universidade da Beira Interior como uma das instituições
mais importantes da região. "Uma batalha dura no início dos anos
70 e que é hoje o grande pólo, não só cultural, mas
também científico da cidade".
Defensor de uma "discriminação positiva" para o Interior
do País, Pedro Roseta ressalva que esse tipo de medidas não podem
ser aplicadas só na Covilhã e deu como exemplo o que está a
ser feito no âmbito cultural na região de Trás-os-Montes.
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