A Arte da Guerra
de
Sun
Tzu
Por Eduardo Alves
"A ordem e a desordem
dependem da organização; a coragem e a covardia, das circunstâncias;
a força e a fraqueza, das disposições.
Quando as tropas ocupam uma situação favorável, o covarde torna-se
bravo. Se estão perdidas, o bravo vira covarde.
Na arte da guerra não existem regras fixas. Apenas podem ser talhadas segundo
as circunstâncias."
A história tem desta coisas.
O senso comum dá-lhe o nome de ciclos, acontecimentos que se repetem de tempos
a tempos. Um dos aspectos deste livro é, sem dúvida, a sua actualidade.
Um general chinês de carreira a viver no período "clássico"
da China, época de inúmeros exércitos, todos eles, eficazmente
organizados e com um estilo de comando rígido. Sun Tzu é o nome do
homem que se destacou no século IV a.C. pelas muitas vitórias conseguidas
enquanto chefe do exército real de Wu. Foi o primeiro homem a escrever sobre
a guerra. O seu livro é como um tratado onde Sun Tzu descreve as manobras
militares.
O verdadeiro interesse presente nos 13 capítulos que compõem "A
Arte da Guerra" está na multiplicidade de utilizações
dos ensinamentos de Tzu. A tese central deste livro assenta na organização.
Todo o exército ou pessoa que detenha uma maior disciplina e analisar atentamente
os seus movimentos vai cometer menos erros. O adversário pode ser estudado
e pressionado até à vitória. Um facto que Sun Tzu não
descurava. Inclusivamente, as concubinas do rei Ho-lü, eram instruídas
para combater em defesa do deu soberano.
Uma marca de clareza percorre as tácticas de guerra e as estratégias
de combate. Esta é a mais antiga obra a fazer referência ao tema da
política e das relações entre Estados.
Traduzido, pela primeira vez em 760 d.C., pelos japoneses, só em 1772, "A
Arte da Guerra" chegaria ao "Velho Continente". Esta tradução
deve-se ao padre jesuíta J.J. Arniot. Napoleão Bonaparte vai ser um
dos grandes seguidores da obra de Tzu, ordenando uma nova impressão no ano
de 1782. Actualmente, a mais fidedigna é a tradução do chinês
para o inglês realizada por Samuel Griffith no ano de 1963.
A obra prima ainda pela multiplicidade de assuntos relacionados com a guerra. Desde
as técnicas de operações secretas, passando pela adaptabilidade
do exército aos diferentes obstáculos levantados pelo inimigo, existindo
também lugar para as implicações económicas dos conflitos.
"O verdadeiro objectivo da guerra é
a paz. Na paz, preparar-se para a guerra; na guerra, preparar-se para a paz. O mérito
supremo consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar".
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