João Proença sublinha que o programa FACE
não pode servir unicamente para pagar aos trabalhadores durante seis meses
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João Proença visita Nova
Penteação
Programa FACE em análise
O secretário geral da UGT conheceu
de perto os problemas que atravessa a empresa Nova Penteação. João
Proença concorda com a qualificação profissional mas deixa
alguns alertas.
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Por Catarina Rodrigues
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"É fundamental que a formação
não seja simplesmente uma medida de protecção social, mas que
qualifique os trabalhadores e aumente a competitividade das empresas". Palavras
de João Proença, secretário geral da UGT que visitou a Nova
Penteação na passada sexta feira, 11. Descobrir como está a
decorrer o programa FACE foi o principal objectivo da iniciativa.
O responsável sublinha que o programa "não pode servir só
para pagar os salários aos trabalhadores durante seis meses". O FACE
está a ser aplicado pela primeira vez no caso da Nova Penteação.
Cerca de 300 trabalhadores foram seleccionados para ter formação profissional
e os restantes 160 continuam a laborar na unidade fabril.
Proença acredita que "a empresa tem condições para ocupar
novamente todos os trabalhadores e não apenas uma pequena parte". Depois
de visitar as instalações e de reunir com a administração
da empresa, o secretário geral da UGT mostrou-se impressionado com o que
viu. "A Nova Penteação tem equipamentos bastante modernos e um
edifício muito organizado com capacidade para competir", salienta.
O líder sindical considera que há vários sectores em Portugal
em dificuldades. "Um sector que aposte num trabalho pouco qualificado e em
baixos salários não tem futuro", refere. João Proença
aponta a qualificação profissional como um passo importante para alterar
esta situação.
O novo Código do Trabalho, aprovado no dia 10, na Assembleia da República,
pode também, segundo o sindicalista, dar uma ajuda neste sentido "se
forem compatibilizados os interesses das empresas com os interesses dos trabalhadores".
O secretário geral da UGT acrescenta que se não existir essa compatibilização
o impacto do novo Código do Trabalho será negativo e aumentará
a precariedade.
A visita à Nova Penteação tinha previsto um plenário
da UGT com os trabalhadores. Mas a pedido da administração da empresa
o plenário acabou por não se concretizar pelo facto de não
estarem presentes todos os operários.
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