Nos dias 25 e 26 realizou-se, no Pólo IV, a iniciativa "Os Dias de
Língua e Cultura Portuguesa". Durante dois dias foram abordados temas
como a Linguística, a Literatura e a Cultura.
O primeiro dia foi dedicado exclusivamente à Linguística, tendo
os oradores incidido particularmente sobre temas como a transformação
dos particípios dos verbos e o papel do adjectivo. João Malaca Casteleiro
foi o primeiro interveniente. Falou da língua portuguesa enquanto transmissora
de conhecimentos, relacionados com a Igreja Católica e com as Cruzadas.
O orador destacou o facto da língua portuguesa ser a terceira língua
europeia mais falada do mundo.
Paulo Osório, director do curso de LCP, falou sobre a transformação
dos particípios dos verbos de "udo" para "ido". Para
finalizar este dia, Carla Xavier Luís fez uma reflexão acerca do
adjectivo e uma distinção entre adjectivo e substantivo, baseada
em duas visões diferentes.
Este primeiro dia começou de uma forma diferente, com a actuação
da tuna feminina "Moçoilas", e, terminou com um recital de poesia
organizado pelos alunos de LCP.
O segundo dia foi preenchido com o papel que a Literatura e a Cultura desempenham
na sociedade dos nossos dias. A manhã foi dedicada à Cultura, com
a intervenção de Maria Antonieta Garcia, presidente do Departamento
de Letras, que abordou o papel das mulheres ao longo da História. Falou
na mulher com base na Bíblia, mais precisamente, no Antigo Testamento.
Fez também referência ao facto de as mulheres usarem pseudónimos
masculinos na produção de textos literários, escondendo assim
a sua identidade. Isto acontecia porque as mulheres não eram bem vistas
na Literatura.
António dos Santos Pereira falou sobre a "Fronteira líquida
do paraíso", dando a conhecer a viagem em busca do paraíso
e, identificando os símbolos da natureza que prova estarmos perante uma
ilha paradisíaca.
A manhã foi encerrada com o discurso de Maria do Rosário Pinto da
Rocha, vereadora da Cultura da Câmara Municipal da Covilhã, que deu
a conhecer os aspectos essenciais do pelouro da Cultura. Na sua abordagem sublinhou
o dinamismo da cidade da Covilhã e lamentou a falta de interacção
entre a UBI e a Câmara Municipal.
A parte da tarde foi preenchida com dois oradores. Henrique Manso mostrou D. Dinis
como o trovador que foi Rei. Gabriel Magalhães sublinhou que, também
na Literatura, o futuro depende muito do passado.
Este último dia teve algumas actividades paralelas, com um recital de poesia,
a actuação do grupo de jograis e, para finalizar, a tuna masculina
da UBI "Já B'Ubi et Tokus Kopus".
O balanço destes dois dias foi positivo, e, segundo Paula Francisca Gomes,
presidente do núcleo de LCP, "este acontecimento surgiu para dar oportunidade
aos professores de mostrarem aos seus alunos um pouco daquilo que estão
a investigar". Salienta ainda que "tudo isto foi feito com a prata da
casa e sem muito recursos", provando assim que o núcleo está
vivo e que "as promessas são para cumprir".
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