"Face a reajustamentos orçamentais, alguns projectos terão
que se realizar com outras fontes de financiamento". As palavras são
do presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, para explicar que
a autarquia terá que recorrer, por exemplo, a fundos comunitários
para levar avante as obras do programa Polis.
No final da última reunião do executivo camarário, realizada
na sexta feira, 28, o autarca mostrou-se preocupado com a situação.
"O Polis no seu conjunto foi sub- avaliado", refere. Carlos Pinto lembra
que o orçamento do Polis destinado ao Jardim do Lago era de 750 mil euros,
mas afinal vai custar um milhão e 500 mil. As obras junto à Ponte
do Rato foram avaliadas em 600 mil euros, mas afinal custam o dobro, ou seja,
um milhão e 600 mil.
Carlos Pinto frisa que a culpa destas disparidades "não é da
câmara, mas sim dos projectistas do Polis". O edil prefere, no entanto
não falar das obras que podem estar em risco até porque acredita
que se vão concretizar, mas com recurso a outras fontes de financiamento.
Outra das questões que preocupa o autarca é a questão dos
impostos. "Quando fomos para o Polis, esperávamos que o IVA fosse
de cinco por cento, mas o Ministério das Finanças resolveu exigir
o pagamento dos 19 por cento". Segundo o edil covilhanense, ao manter-se
esta situação "o Estado vai ganhar dinheiro com o Polis, trata-se
de um negócio."
Estas questões estão a preocupar o conjunto das sociedades Polis.
De tal modo que está a ser planeada uma reunião que permite discutir
estes problemas com vários presidentes de câmara. Carlos Pinto salienta
que este é um assunto "muito urgente" já que só
no caso da Covilhã a diferença do IVA significa uma quantia de cinco
milhões de euros.
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