Comissão de Moradores aproveitou a reunião
pública de câmara para manifestar a sua posição
|
Assinaturas contra o novo cemitério
Moradores descontentes
A proposta de localização do
novo cemitério apresentada pela Câmara não agrada aos residentes
daquela zona. A entrega de 650 assinaturas foi o primeiro sinal de desagrado.
|
Por Catarina Rodrigues
|
|
|
A localização do novo cemitério
da Covilhã junto à Adega Cooperativa não agrada aos residentes
daquela área. Na última reunião pública de Câmara,
realizada na sexta feira, 28, uma Comissão de Moradores da Quinta das Rosas
entregou ao presidente da edilidade, Carlos Pinto um manifesto com 650 assinaturas
que mostram o descontentamento face à implantação de um cemitério
naquele local.
Hugo Nobre, membro da Comissão de Moradores considera que "a construção
do cemitério na zona baixa da cidade terá um impacto visual negativo
e condicionará o modo de vida dos munícipes". No documento entregue
na Câmara da Covilhã são também referidas questões
de impacto ambiental. Hugo Nobre ressalva que "a Comissão apenas quer
colaborar e intervir de forma cívica para se encontrar outra alternativa".
O responsável aponta como possíveis hipóteses a zona do Covelo
e do Pedregal.
O presidente da Câmara refere que 650 assinaturas "não é
muito", mas Nobre lembra que este número foi conseguido em apenas uma
semana e acrescenta que "se for necessário a recolha de assinaturas
vai continuar". O período de discussão pública relativo
à localização do cemitério prolonga-se até ao
final do mês de Maio. "O debate sobre esta problemática tem que
ser activo", frisa Nobre considerando "importante que a população
se manifeste".
Miguel Nascimento, vereador da oposição na autarquia covilhanense,
partilha a ideia da Comissão de Moradores. "Se as pessoas soubessem
que o novo cemitério se iria localizar naquele sítio, não teriam
comprado ali as suas habitações", defende. Nascimento considera
que "é preciso encontrar uma alternativa e que ainda há uma janela
de esperança".
Durante esta semana os covilhanenses começarão a receber cartas sobre
esta temática. Uma espécie de referendo através do qual as
pessoas podem dar a sua opinião. "No final da discussão vamos
saber se a cidade quer aquela localização ou se o somatório
das opiniões contradizem a proposta apresentada e justificam que a construção
seja feita noutro local", remata Pinto.
|
|
|