Segundo Paula Gravito, após o registo no site, os jornalistas têm acesso a uma grande variedade de informação
Instrumento para jornalistas e investigadores
Alpha Galileu divulga ciência e tecnologia

O projecto Europeu, comparável a uma agência noticiosa on-line que se dedica à divulgação de tudo o que se relaciona com ciência e tecnologia foi apresentado na Universidade da Beira Interior. À semelhança de outros do seu género o site enfrenta algumas dificuldades em encontrar quem envie artigos para publicação.


Por Catarina Rodrigues


Paula Gravito, chefe de divisão do Observatório da Ciência e do Ensino Superior, apresentou na passada quarta feira, 19, na UBI o projecto europeu Alpha Galileu [www.alphagalileu.org]. "Trata-se de um centro de imprensa na internet, que divulga notícias sobre ciência e tecnologia junto da comunicação social para as fazer chegar ao público em geral", explica a responsável.
O Alpha Galileu é um programa conjunto que envolve o Reino Unido, Alemanha, França, Portugal, Finlândia e Grécia. O projecto é financiado pela Comissão Europeia. "Sendo Portugal um dos países envolvidos, o Alpha Galileu permite divulgar a investigação científica portuguesa internacionalmente", frisa Paula Gravito.
O registo no site é possível como jornalistas, convidados ou participantes/especialialistas. Aos jornalistas é proporcionada uma variedade de informação que pode passar por comunicados de imprensa, agenda de eventos, anúncio de novas publicações, serviço on-line de especialistas e livro de endereços dos participantes.


O Alpha Galileu tem alguns aspectos em comum com o Akademia, desenvolvido no Labcom

Mas levar os leitores e investigadores a participar tem sido a parte mais complicada. Segundo António Fidalgo, mentor do projecto Akademia, "não há cultura de divulgação". O responsável considera que "o mais difícil é atingir a massa crítica". Uma opinião partilhada por Paula Gravito.
No caso do Alpha Galileu, os utilizadores registados não estavam a colocar material no site. "Tentámos realizar um trabalho mais sistemático de contacto com as pessoas no sentido de as levar a participar", sublinha acrescentando que "num projecto de nível europeu esta situação é redutora". Paula Gravito espera que acabe por se formar o hábito dos investigadores divulgarem o seu trabalho.
Este site é gerido por uma pequena equipa central que avalia o material enviado que por sua vez é dividido em seis áreas de informação: Ciência, Tecnologia e Indústria, Saúde e Medicina, Sociedade e Cultura, Humanidades e Artes.
"Inicialmente o projecto estava vocacionado para as ciências exactas que ainda predominam" explica Paula Gravito. A inclusão das artes e das humanidades tornou-se possível através do apoio da European Science Foundation, do Arts and Humanities Research Board do Reino Unido e da British Academy.