A rede simboliza a existência de uma barreira
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Covilhã transforma-se em paraíso
A peça "A-corda no paraíso",
exalta a necessidade das pessoas ultrapassarem determinadas barreiras e a vontade
de transformar o mundo em algo melhor.
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Por Sandra Pinho
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Na segunda feira, dia
17, subiu ao palco peça "A-corda no Paraíso", com encenação
de Susana Vidal. Para a encenadora, "a ideia da peça surgiu através
de um filme do realizador argentino Júlio Medem, onde duas crianças
tentam enviar uma mensagem de amor, mas têm uma barreira entre eles, que é
uma rede metálica".
Esta ideia estava bem visível no cenário, pois entre os actores e
o público havia uma rede, demonstrando assim a existência de uma barreira.
O cenário era simples, contrastando assim com o dinamismo dos intérpretes
que proporcionaram momentos agradáveis ao público.
O título da peça é um jogo de palavras com dois significados
bem distintos. Por um lado, temos a ideia de um acordar no paraíso, onde
aparentemente tudo parece perfeito e bom. Por outro lado, é transmitida a
ideia da corda como elo de ligação com o mundo que nos rodeia e, como
um meio para atingir um determinado fim, como por exemplo, a morte.
Nesta peça há uma procura constante da comunicação,
do amor, há também uma vontade manifesta de dar um salto, de realizar
uma determinada mudança na vida. Há um desejo de derrubar os obstáculos
da vida, tornando o mundo perfeito.
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