O pavilhão mostrou-se mais uma vez pequeno para receber tantos expositores
Exposição Casa Jardim
Material para o lar na ANIL

Este ano o certame apresenta-se com stands mais bem cuidados, mas continua a faltar espaço para dar resposta aos expositores que ficam de fora. Sete mil pessoas visitaram a Casa jardim no primeiro fim de semana.


Por Ana Rodrigues


Cerca de 50 expositores enchem o pavilhão da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), onde até ao próximo fim de semana decorre a décima edição da Casa Jardim, Feira de Mobiliário e Decoração. Com a ausência do ministro da Economia, que acabou por não comparecer foi Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã quem inaugurou o certame na passada sexta feira, 21, pelas 19h30.
Segundo o Departamento de Exposições da ANIL, no primeiro fim de semana a Casa Jardim contou com a presença de sete mil visitantes.
José Robalo, presidente da ANIL mostra-se satisfeito com a exposição por se notar uma "nítida melhoria tanto na concepção dos stands como na apresentação dos produtos, o que eleva o nível geral da feira". Robalo salienta ainda o papel que estas iniciativas representam no incentivo ao desenvolvimento da economia.
Para os expositores o objectivo é "sobretudo dar a conhecer os produtos e contactar com clientes, não tanto vender na hora", refere o empresário de mobiliário em metal, Hugo São Pedro. Carlos Bernardo, empresário ligado à decoração de interiores, considera que para além de ser uma oportunidade de relembrar as pessoas que estão no mercado, é também uma forma de a empresa se actualizar e ver as novas tendências.
Em ano de crise, os expositores partilham as reservas quanto a perspectivas de negócio na feira. Carlos Bernardo diz que, dada a conjuntura económica, o seu sector sofreu um grande abrandamento. Uma situação que Hugo São Pedro também confirma ser notória no seu ramo, "assim como em todos". Contudo revela-se confiante, pois "a Casa Jardim costuma trazer resultados positivos", explica. Carlos Pinto diz já ter ouvido esses receios. Reconhece que há uma redução do poder de compra que em primeira linha se reflecte nesta área. Por isso entende que "neste momento é preciso apostar mais na promoção e afirmação das empresas do sector", sublinha o edil.
Para José Robalo as expectativas passam por ter o mesmo número de visitantes que em anos anteriores, porque "esta feira já entrou em velocidade de cruzeiro", afirma. "A Casa Jardim já está estabilizada a esse nível, já tem os seus clientes habituais", argumenta. O presidente da ANIL, tal como Carlos Pinto, lamenta apenas a incapacidade de dar resposta a todos os interessados em expor os seus produtos, devido à falta de espaço. Uma situação que José Robalo espera ver resolvida com a construção de um novo pavilhão ao lado do já existente, mas com outras características. O presidente da ANIL adianta que será um pavilhão multi-modelar, que servirá de apoio às actuais instalações e será mais adequado à realização de outro tipo de eventos, como as festas de estudantes.
José Robalo justifica o atraso do projecto por este não ser comparticipado por qualquer programa de apoio. Esta é uma obra que ronda o meio milhão de euros, "por isso temos que garantir apoios e procurar ajudas para que possamos construir este pavilhão e pô-lo ao serviço da comunidade", esclarece. Talvez só nessa altura a mostra conte realmente com a área de jardinagem, manifestamente em falta. " Por causa da falta de espaço, a parte dedicada ao jardim fica um pouco prejudicada", reconhece José Robalo.