As Confissões de Schmidt






de Alexander

Payne











Por Catarina Rodrigues



Se um bom filme é aquele que nos faz sentir algo, e perante o qual não podemos ficar indiferentes, então este é um óptimo filme. Jack Nicholson interpreta o papel de Warren Schmidt, um homem de 66 anos que acaba de se reformar do emprego que teve durante 40 anos. Desencantado com a vida Schmitdt parece um pouco perdido na sua existência.
Certo dia ao fazer zapping na televisão, encontra uma proposta diferente. Ajudar financeiramente uma criança pobre da Tanzânia. Ndugu passa ser o seu filho adoptivo, alguém que nunca viu mas a quem começa a escrever e a confessar a sua vida.
Schimdt conta o quanto vive desencantado com a sua mulher. Tudo nela o irrita. Também a filha Jeannie o preocupa pelo facto de ter casamento marcado com um vendedor de colchões de água.
Mas, eis que um dia tudo muda, a mulher de Schimdt morre e só aí ele se apercebe o quanto gostava dela e quanto ela lhe faz falta. Com a vida virada do avesso, o homem solitário parte numa viagem pela América e é aqui que as críticas sociais do filme são mais evidentes.
No dia do casamento da filha, Schimdt não consegue opor-se e acaba por lhe dar o seu apoio apesar dessa não ser a sua vontade. A solidão volta a tomar conta de Schimdt, a vida volta a perder todo o sentido. Mas depois de todas as confissões a Ndugo recebe pela primeira vez a resposta da criança. Nenhuma palavra, apenas um desenho. Para saber mais o melhor é ver o filme realizado por Alexander Payne que está em exibição no cinema Monteverde até ao próximo dia 20 de Março.







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