Vigília no Pelourinho dia 21
Jornada de luta contra o desemprego

A CGTP marcou uma jornada de luta na qual a União de Sindicatos de Castelo Branco pretende marcar presença. Assim, no próximo dia 21 tem lugar uma vígilia que pretende chamar a atenção para questões como o pacote laboral e a guerra.

Laura Sequeira
NC/Urbi et Orbi


A União de Sindicatos de Castelo Branco anunciou na terça feira, 11, uma acção pública a realizar-se no próximo dia 21, no Pelourinho, em torno de questões como o pacote laboral, o aumento do custo de vida e do desemprego, pelas políticas sociais e salariais justas, pela paz e contra a guerra.
A iniciativa está inserida numa quinzena de luta que a CGTP leva a efeito entre os dias 8 e 21. e faz ainda parte de uma jornada europeia. Luís Garra, presidente da União de Sindicatos de Castelo Branco, explica que "a ofensiva dos trabalahdores portugueses está ligada à ofensiva dos trabalhadores da União Europeia". A vigília terá lugar no Pelourinho e a União de Sindicatos refere que o objectivo "é assegurar uma presença constante durante as 15 horas e 30 minutos e as 19 horas".
Luís Garra considera que muitas empresas tiveram "gestões inviáveis". O presidente da União de Sindicatos afirma que mudando a gestão, as empresas poderiam tornar a ser competitivas. Segundo o dirigente sindical, é necessário criar "medidas que travem o desemprego e que sirvam para viabilizar as empresas que estão encerradas".
A União de Sindicatos garante que "não há condições para aplicar o pacote laboral nas empresas". Luís Garra considera que "o aumento do desemprego faz parte de uma estratégia para criar as condições de aceitação do pacote laboral". "A destruição do aparelho produtivo que visa uma estratégia de terciarização, nomeadamente na aposta no turismo, não resolve os problemas do emprego", esclarece Luís Garra.
As críticas ao Governo acentuaram-se no que diz respeito à contestação em relação à guerra. O presidente da União de Sindicatos salienta que "é absolutamente lamentável que o Governo tenha assumido uma posição subserviente aos interesses dos Estados Unidos". Luís Garra considera "a posição do primeiro-ministro inconstitucional e é lamentável que tenha sido tomada no estrangeiro". O dirigente sindical afirma mesmo que "o Governo é um cancro que mina a sociedade e contribui para aprofundar o seu caractér deprimido".
A União de Sindicatos anunciou ainda que Carvalho da Silva, presidente da CGTP, visita o distrito no próximo dia 20 com o objectivo de participar em plenários com os trabalhadores. A acção de dia 21 poderá ainda contar com a presença de trabalhadores da Nova Penteação inseridos na formação pelo programa FACE. Luís Garra afirma que os trabalhadores "mantêm todos os direitos como se estivessem a trabalhar na empresa".