Miguel Bernardo mostrou o seu descontentamento perante
o encerramento da empresa
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Sete Fontes encerra na Covilhã
Marca pode ser deslocada para outro ponto do
País
A funcionar desde 1996, a empresa responsável
pela água de nascente Sete Fontes rescindiu o contrato com os seus trabalhadores
na passada quinta feira.
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Por Catarina Rodrigues
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A Associação Empresarial da Covilhã,
Belmonte e Penamacor (AECBP) manifestou ontem, segunda feira, 17 a sua preocupação
face ao encerramento da empresa de águas Sete Fontes. Miguel Bernardo, presidente
da Comissão Executiva da AECBP afirma temer que " a marca de um produto
da região seja engarrafada noutro ponto do País". A UNICER já
admitiu que a empresa pode ser deslocada para Ladeira de Evendos, no concelho de
Mação.
"Não faz sentido vender neve na praia" refere Bernardo acrescentando
que "se a água não for originária das Sete Fontes, não
terá as mesmas características e portanto não deve ter o mesmo
rótulo". Segundo este responsável o consumidor deve ser alertado
para esta situação.
O encerramento da empresa que pertence ao grupo UNICER "foi uma surpresa".
Bernardo refere ter conhecimento de que havia um processo de restruturação
em curso, mas preferiu não comentar o assunto.
A unidade tinha cerca de 20 trabalhadores. Outras dez pessoas trabalhavam na empresa
que fornecia os vasilhames. Na passada quinta feira foi-lhes proposta a rescisão
dos contratos e segundo um fonte da empresa, a situação foi aceite
pela maioria.
Miguel Bernardo lançou um repto à sociedade civil no intuito de "defender
uma marca que é da região". O presidente da Comissão Executiva
da AECBP garante que vai transmitir o problema ao ministro da Economia, Carlos Tavares
e pedir a sua intervenção, o que deverá ocorrer na próxima
sexta feira, 21, data em que o membro do Governo estará de visita à
região.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã lamenta o encerramento
da empresa de águas e afirma que fará diligências junto da UNICER,
grupo proprietário das Sete Fontes.
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