O edifício da antiga "Real Fábrica
Veiga", junto à Ribeira da Goldra vai acolher já em meados deste
ano, o segundo núcleo do Museu da Lanifícios da Universidade da Beira
Interior. Para o final de 2003 está prevista a conclusão das obras
das instalações do futuro Centro de Documentação/ Arquivo
Histórico que será transferido para o mesmo local.
Elisa Pinheiro, directora do Museu considera que as obras estão a ser feitas
a bom ritmo, mas lembra que "o conjunto edificado apresentava uma diversidade
de estados de conservação que aconselharam o faseamento das obras
e uma implantação de usos em consonância com esses estados".
A área localizada mais a Sul e Nascente encontra-se melhor conservada e destina-se
à instalação do Núcleo Museológico da Industrialização.
O edifício mais próximo da Real Fábrica de Panos vai acolher
o Centro de Documentação e um parque de estacionamento para automóveis.
Será ainda instalada uma loja do Museu e uma cafetaria que segundo Elisa
Pinheiro "pode tornar-se num dos espaços socialmente mais emblemáticos
deste equipamento, não só pela situação próxima
da ribeira como por toda a sua envolvência".
A responsável acredita que a concretização deste projecto é
da maior importância para o crescimento e consolidação do Museu
de Lanifícios, recentemente considerado o melhor do País, que pode
assim transformar-se "num equipamento cultural de real significado, tanto a
nível regional como nacional". Também a Universidade da Beira
Interior sairá beneficiada com esta obra. No entender de Elisa Pinheiro este
poderá ser "o coroar de todo um percurso paradigmático no domínio
da salvaguarda, conservação e recuperação do património
industrial dos lanifícios".
As novas infra-estruturas estão vocacionadas para acolher um público
diversificado como investigadores de diferentes áreas científicas,
designers de tecidos e moda e visitantes-tipo de museus. A obra é financiada
pelo programa FEDER, através do programa POE-Centro, AIBT- Área de
Intervenção de Base Territorial da Serra da Estrela, da Comissão
de Coordenação da Região Cento.
Melhores condições de trabalho
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O Centro de Documentação irá ocupar um espaço
pensado para as suas funções
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O Centro de Documentação/Arquivo Histórico funciona actualmente
num edifício cedido pela Reitoria, em instalações que pertenceram
à empresa têxtil "José Paulo de Oliveira Júnior".
O espaço revela-se insuficiente para responder às cargas de documentação
recebidas e o trabalho não pode ser desenvolvido nas melhores condições.
Daí a importância da mudança para as novas instalações.
Neste momento, o Centro de Documentação trabalha na higienização
e inventariação do último grande fundo incorporado, o da
Fábrica Campos Melo. Está também a realizar a inventariação
do fundo têxtil da Fábrica de Cristiano Cabral Nunes (CIL) e a recolher
dados técnicos do Fundo René Ferdinand Delimbeuf destinado à
base de dados ARQUEOTEX. A par destes trabalhos é também feito um
registo continuado de incorporações avulsas provenientes de sucessivas
doações de documentos, objectos, máquinas e outros equipamentos
para o novo núcleo museológico.
[Mais sobre a história
deste edifício]
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