André Cunha tenta controlar a bola perante a oposição de um adversário



Ficha do Jogo

Campo de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(02-03-2003)



Árbitro: Paulo Costa (Porto)
Auxiliares: Marcílio Pinto e André Cunha


Sp. Covilhã- 0
Celso, Rui Morais, Edgar, Piguita, Pinheiro,Trindade (cap.), Ankyofna (62), Mauro, Moisés, Tarantini, Nini, Hermes (57), Paquito e André Cunha.
Treinador: João Cavaleiro

Portimonense- 2
Botelho, Evaldo, Shalamanov (cap.), Duka, Rui Carlos, Morgado (27), Paulo Teixeira, Marinho, Litera, Rodrigo (82), Artur J. Vicente, Ivo (90), Alex Afonso e Safu
Treinador: Joaquim Teixeira

Ao Intervalo: 0-0

Disciplina: cartão amarelo a Alex Afonso (34), Shalamanov (67), Paulo Teixeira (73) e Safu (76).

Figura do Jogo: Pinheiro




O lateral esquerdo do Covilhã foi um mouro de trabalho. Teve a seu cargo quase todo o flanco, uma vez que o ataque do portimonense privilegiou, sobretudo, o lado direito. Esteve bem a defender e a lançar o ataque. Destaque para dois cruzamentos magníficos, aos 9 e aos 36 minutos, que Paquito e Nini não conseguiram aproveitar.

Portimonense vence no Santos Pinto
Tranquilidade algarvia resiste à "fúria serrana"

Apesar do mau tempo, Covilhã e Portimonense foram os protagonistas do melhor jogo da temporada no Santos Pinto. Os algarvios levam para casa três pontos justos, embora o Covilhã não merecesse a derrota.


Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi


A chuva foi uma constante na tarde do domingo, 2. Mas, mesmo assim, as bancadas do Santos Pinto registaram uma boa afluência. E os jogadores não decepcionaram. O relvado aguentou a chuva e permitiu aos "artistas" uma boa exibição. Aliás, estamos em crer que, apesar do mau tempo, Covilhã e Portimonense tenham proporcionado o melhor jogo que, esta temporada, se assistiu no estádio serrano.
O Covilhã acabou por perder por duas bolas a zero, mas João Cavaleiro não terá muitas razões de queixa dos seus jogadores. Como já é hábito, os covilhanenses lutaram até ao fim e foram inexcedíveis em esforço e vontade. Mas à "fúria serrana" soube o Portimonense resistir sem mácula com uma defesa consistente e muito bem arrumada que nunca deu espaço a Paquito ou André Cunha. Mas onde os algarvios ganharam o jogo foi no meio campo. Trindade e Mauro foram insuficientes para segurar um omnipresente Marinho e um irrequieto Artur Jorge, os principais operários da equipa de Amílcar Fonseca, e isso acabou por se reflectir na produtividade das duas equipas.
O Covilhã até entrou melhor. Frente a um dos principais candidatos ao título, a formação serrana começou a pressionar bem cedo, mas seriam os forasteiros a desperdiçar a primeira oportunidade de golo quando, aos 9 minutos, Litera atira ao lado da baliza de Celso. Na resposta, Pinheiro foje pela esquerda e cruza para a área, mas Paquito cabeceia ao lado.
A turma de Portimão não baixa os braços e com rápidas incursões, principalmente pelo flanco esquerdo, a explorar a velocidade de Alex Afonso, ia mantendo os centrais da casa recolhidos à sua área. Sem o apoio do sector mais recuado, os médios do Covilhã sentem mais dificuldade em criar lances ofensivos mas, mesmo assim, ainda desperdiçou hipóteses soberanas de inaugurar o marcador. Primeiro é André Cunha que, em jogada individual, entra na área, tira dois adversários do caminho mas o remate é interceptado por um defesa. Depois é Nini que não consegue dar o melhor destino a um cruzamento de Pinheiro. Quase em cima do apito para o intervalo, os mesmos André Cunha e Nini desentendem-se dentro da área e chocam entre si. A bola escapa a Botelho, mas valeu a intervenção de Paulo Teixeira a enviar a bola para canto. Na sequência deste, Piguita sobe mais alto que toda a gente e a bola sai a rasar a barra.

Golos no segundo tempo

No segundo tempo o Covilhã volta a entrar melhor, mas é o Portimonense que, num lance de contra-ataque chega ao golo. Artur Jorge recebe à entrada da área covilhanense um passe do seu meio campo e amortece para a entrada de Litera que, com um remate colocado a mais de vinte metros, bate Celso pela primeira vez. Estavam decorridos 51 minutos e, na retoma do jogo, Paquito podia ter virado a história do jogo, mas, isolado frente a Botelho, permite uma defesa espectacular ao guardião algarvio.
O Covilhã "agigantou-se" na procura do empate, mas a turma forasteira fechou bem todos os caminhos da baliza. Aos poucos, a força e as soluções foram faltando aos leões e, em cima dos 90 minutos, Safu deu o golpe de misericórdia na turma de Cavaleiro. Alex Afonso escapa a Ankyofna e cruza para a entrada da pequena área. Celso não consegue segurar e o avançado algarvio só teve que empurrar para o 2-0.
A vitória dos portimonenses não sofre qualquer contestação, embora, pelo espírito de sacrifício que demonstrou durante 90 minutos, a turma covilhanense não merecesse perder. Mas no domingo, a estrela da sorte brilhou mais para o conjunto algarvio. De qualquer modo, a equipa de Amílcar Fonseca foi corajosa na maneira como se apresentou no Santos Pinto. O resultado foi um bom espectáculo de futebol, embora o marcador final não seja um espelho do que se passou em campo.