A
aldeia mais portuguesa
Monsanto
Por Catarina Rodrigues
Ao
chegar a Monsanto, o melhor é deixar o carro e percorrer as ruas estreitas
a pé. Por entre subidas e descidas há cantos e recantos por descobrir.
Ainda hoje é notável que a aldeia se distinguiu ao longo da história
pela sua importância como lugar de defesa e vigilância. Os canhões
que lá existem em posição de ataque e as muralhas do castelo
são um bom exemplo disso. São também visíveis vestígios
da ocupação romana bem como da permanência visigoda e muçulmana.
Em 1938, Monsanto participou no concurso das aldeias portuguesas,
promovido pelo Secretariado de Propaganda Nacional do Estado Novo. Aí conquistou
o Galo de Prata que é mantido no alto da Torre de Lucano, um dos monumentos
mais importantes da aldeia. Por este motivo a localidade é considerada
por muitos "a aldeia mais portuguesa de Portugal", título de
que os seus habitantes muito se orgulham e fazem questão de lembrar a quem
por ali passa.
A povoação pequena erguida no alto do monte pertence ao concelho
de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco. Caracteriza-se pelas habitações
construídas em granito. Muitas delas tornam-se originais por terem conseguido
aproveitar as rochas que sem qualquer intervenção servem de paredes
para as casas.
No artesanato o destaque vai para as marafonas, bonecas típicas da localidade,
recordações da aldeia que os visitantes fazem questão de
comprar tal como os adufes, de vários tamanhos e feitios.
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