A Associação Comercial, Industrial e Serviços de Castelo
Branco, Idanha -a- Nova e Vila Velha de Ródão anunciou na segunda
feira, 24, que nove comerciantes localizados no Centro Cívico viram os
seus estabelecimentos emparedados pelas obras do Polis, estando a sofrer prejuízos
significativos.
Alfredo da Silva, presidente da ACICB, lembra que na primeira reunião com
o responsável da Polis "estava prevista alguma linha de apoio para
comerciantes que eventualmente fossem prejudicados com o desenvolvimento deste
programa, tendo obtido a resposta de que em situações extremas poderia
servir de base a essas compensações".O emparedamento surgido,
segundo o responsável da ACICB "veio restringir fortemente a mobilidade
no centro da cidade". Por outro lado, "há um
conjunto de comerciantes que sentiam os seus comércios emparedados e que
estão a sofrer os reflexos desta situação, com quebras de
vendas na ordem dos 50 por cento".
Consciente destes prejuízos, Alfredo da Silva salienta que "foi feita
uma proposta à Polis no sentido de que fossem avaliados os prejuízos
que esses comerciantes estavam a sofrer". Na sequência desta proposta,
a ACICB foi confrontada com uma resposta por
parte da Polis, "muito generalista, sem sequer comentar a nossa proposta
de avaliação de prejuízos e, sem inclusivamente nos ter sido
dada uma resposta concreta às nossas questões". Perante esta
situação, diz o representante dos comerciantes "acabamos por
escrever uma segunda carta, pedindo que fosse repensada a posição
que estavam a tomar, continuando a alertar para os prejuízos que os comerciantes
estavam a ter e por outro lado que se fizesse cumprir o espírito das leis".
Reconhecendo que as obras do Polis são essenciais, já que "a
cidade vai ficar beneficiada, não podemos esquecer que a lei refere que
quando alguém cria prejuízos a outros, ainda que de uma forma legítima,
tem a obrigação de indemnizar esses mesmos prejuízos".
Alfredo da Silva, lamenta a resposta da Polis, através dos orgãos
de comunicação social, considerando-a "perfeitamente extemporânea.
Não estão a considerar de forma alguma a realidade da situação".
A ACICB sugeriu uma reunião com a Polis e a Câmara Municipal, continuando
a aguardar "uma resposta para este encontro, para que com muita serenidade,
equacionarmos o problema destes nove comerciantes que estão a sofrer prejuízos
dos quais já estão a resultar situações que poderão
conduzir ao não pagamento dos salários e da segurança social
aos trabalhadores".
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