Ministro do Ensino Superior na cidade
Politécnicos não fecham

O Ministro da Ciência e Tecnologia, Pedro Lynce, garante que os politécnicos não irão fechar, já que desempenham um papel fundamental nos jovens, para além da formação. Porém, em curso, estão reformas no Ensino Superior.

Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi


O Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce, esteve na terça feira, 25, no Instituto Politécnico de Castelo Branco, numa reunião sobre o plano de desenvolvimento no Instituto Politécnico. Logo a seguir no auditório dos Serviços da Presidência, seguiu-se um debate sobre as reformas do Ensino Superior.
Pedro Liyce começou por salientar, que a reforma no Ensino Superior que se vai verificar através de alguns diplomas, "não vai ser uma bandeira deste Governo, mas sim de um consenso alargado que vai exigir cedências de várias partes, no sentido de conseguirmos aquilo que neste momento é melhor para o Ensino Superior em Portugal".
O governante frisou que "algo não vai bem" por tal " é necessário corrigir-se alguma da legislação". Esta situação passa por "identificar os problemas que visassem rapidamente a melhoria da qualidade, uma imposição para amanhã podermos colocar os nossos jovens o melhor possível numa era da globalização, aumentar a autonomia e alargar e reforçar a acção social escolar, para que aqueles que tenham capacidade e vontade de estudar, não o deixem de o fazer por problemas de financiamento".
O Ministro sublinha que "poderia agarrar nesta legislação e praticamente pô-la a circular dentro do meio académico, mas não o fiz propositadamente" porque "acho que cada vez é mais importante haver uma ligação cada vez maior entre o Ensino Superior e a sociedade" já que "as três âncoras do ensino no século XXI são forçosamente a
aprendizagem, que substituirá o ensino, a experimentação e a investigação"
Lynce afirma que "não há ninguém que tenha uma solução ideal para o Ensino Superior, dado que temos problemas extremamente complexos. Sou um ministro que tenho a felicidade de tutelar a elite deste País e portanto eu tenho que ser exigente".
Pedro Liynce salienta que "não é possível, é inaceitável, do ponto de vista político se pense eventualmente a fechar alguns institutos politécnicos, porque estes têm um papel que ultrapassa em muito a formação dos jovens". Por outro lado "é uma questão essencial assegurar a autonomia das instituições, reconhecendo que estas são diferentes e que têm de ser tratadas de modo diferente, permitindo provavelmente amanhã que se admita claramente que há sistemas de gestão que têm de ser muito mais flexíveis, mais variadas, já que para o sistema de hoje é necessário a existência de uma alternativa".