IPG
Escola Superior de Enfermagem recebe reforço de verbas

A viver com dificuldades financeiras, depois da integração no Instituto Politécnico, a Escola de Enfermagem poderá vir a ter melhores dias. É que, o Governo já terá garantido um reforço de verbas.

Hélder Sequeira
NC/Urbi et Orbi


O presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Jorge Mendes, defende que actual forma de financiamento do Ensino Superior "deve ser rapidamente revista". Para aquele responsável, "o financiamento apenas pelo número de alunos é incorrecto e prejudica gravemente as instituições de Ensino Superior do Interior". A situação da Escola Superior de Enfermagem pode ser um exemplo.
Segundo Jorge Mendes, o prometido reforço de verba a atribuir, no corrente ano à Escola Superior de Enfermagem (ESENF), permitirá resolver as dificuldades financeiras até Dezembro, enquanto se espera a reformulação do processo de dotação orçamental daquele estabelecimento de ensino.
Recorde-se que a ESENF tem vindo a debater-se com dificuldades financeiras, o que levou mesmo à intervenção da Presidência do Instituto Politécnico. Aquela escola foi integrada no IPG, oficialmente, em finais de Março de 2001, mas "a forma de trabalhar, como é natural, era bastante diferente doutras unidades orgânicas do Instituto. No entanto, houve uma aproximação mútua e hoje podemos dizer que na escola se vive uma situação - do ponto de vista da integração - normal, sem problemas de maior", afirma Jorge Mendes. O maior problema "reside no sub-financiamento desta escola, à semelhança de outras integradas em politécnicos."
O Presidente do IPG considera que orçamento que a Escola dispõe, em 2003, é "manifestamente insuficiente".
Daí que, no passado mês de Dezembro, o IPG tenha transferido para a ESENF uma verba de cerca de 87 mil euros, com o objectivo de "fazer frente aos seus problemas mais prementes, designadamente o pagamento de salários". A situação daquela Escola foi já debatida no Conselho Geral do IPG e recentemente foi analisada no decorrer de uma reunião com o Ministro da Ciência e do Ensino Superior.
"Dentro do que sempre defendemos, o Senhor Ministro comprometeu-se, com brevidade, a resolver a situação através de um reforço de verba a atribuir à Escola Superior de Enfermagem para seu funcionamento em 2003. Pensamos que a solução encontrada permitirá trabalhar até Dezembro, embora com uma gestão muito rigorosa que é necessário fazer", considera o presidente do IPG. Ainda segundo Jorge Mendes, aquele Instituto está a "colaborar activamente com a Escola no sentido de ir resolvendo alguns problemas do dia a dia. Gostaria, ainda, de deixar claro que os Serviços Centrais do IPG estão a investir este ano, uma verba de 250 mil ruros em obras que estão já a ser realizadas na ESENF."
Para o principal responsável pelo Politécnico da Guarda "é um forte investimento e um grande esforço financeiro da instituição para benefício da qualidade do ensino na Escola Superior de Enfermagem". Na recente reunião com o Ministro da Ciência e do Ensino Superior a criação da Escola Superior de Saúde da Guarda foi, uma vez mais, questionada.Contudo, apesar da disponibilidade manifestada por aquele membro do Governo para ser resolvida esta situação "não foi ainda apontada uma solução concreta, com uma calendarização, conforme é nosso desejo", adianta Jorge Mendes.