Em Penafiel, os serranos foram mais
fortes e justificaram a conquista dos três pontos
Ficha
do Jogo
Campo
de Jogos Estádio 25 de Abril
(23-02-2003)
Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
Auxiliares: Sérgio Lacroix e José Lamy
Sp. Covilhã- 1
Celso, Rui Morais, Piguita, Edgar, Pinheiro, Trindade (cap.), Mauro, Moisés,
Nini, Jorge Humberto (29), Hermes, Ankyofna, André Cunha e Paquito
(74).
Treinador: João Cavaleiro
Penafiel- 0
João Viva (cap.), Pedro Moreira, Emerson (79), Gama, Marafona,
Sardinha, Miguel, Orlando (60), Leo Oliveira, Márcio Luís,
Marco Almeida, Pedro Moutinho, Roberto (60) e Naddah.
Treinador: Jorge Amaral
Ao Intervalo: 0-1
Disciplina: cartão
amarelo a Pinheiro (32), Trindade (40) e Ankyofna (87).
Figura do Jogo: Piguita
Indiscutivelmente o melhor elemento do Covilhã em Penafiel. O central
cabo-verdiano não só marcou o golo solitário que
deu os três pontos aos leões da Serra como ainda defendeu,
com unha e dentes, a vantagem por si criada ao evitar por duas vezes,
uma delas quase ao cair do pano e em cima da linha, o golo do empate dos
durienses.
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Covilhã conquista segunda vitória
fora de casa
Vitória sofrida com sabor africano
Um golo do central Piguita ainda na primeira
parte foi suficiente para os serranos regressarem a casa com os três pontos
na bagagem. A turma de Cavaleiro está relançada.
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NC/Urbi et Orbi
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O Sporting da Covilhã conseguiu, no domingo, 23, a segunda vitória
da temporada fora do Santos Pinto, depois de, na primeira volta, ter batido o
Leça por 1-3. O jogo ficou, então, resolvido pelos três homens
que Cavaleiro fez sair do banco que conseguiram, com um golo cada, dar a volta
a um resultado que era desfavorável aos serranos. Desta feita, o técnico
covilhanense nem precisou de recorrer aos "trunfos" do banco para resolver
a partida uma vez que Piguita se encarregou de marcar o golo ainda antes do intervalo.
Estavam decorridos 34 minutos de jogo no Estádio 25 de Abril, em Penafiel,
quando o cabo-verdiano subiu no terreno para a marcação de um livre.
Nini encarregou-se da marcação e cruzou a bola ao segundo poste
onde o cetral africano se elevou mais alto que toda a gente para atirar para o
fundo da baliza de João Viva, apesar de tudo a melhor unidade penafidelense
em campo.
De resto, na altura, o Covilhã já fazia por merecer a vantagem.
Depois de um início fulgurante dos homens da casa, que começaram
cedo a ameaçar a baliza à guarda de Celso, os serranos foram acertando
as marcações e nunca mais consentiram espaço de manobra suficiente
a Naddah, Moutinho e Marco Almeida, os três elementos mais avançados
da turma rubro-negra. Com uma defesa sólida atrás de si, os médios
mais criativos do conjunto beirão, Nini e Moisés, tiveram o tempo
e o espaço necessários para criar jogo para os dois colegas mais
avançados, Hermes e André Cunha. Com um meio-campo pouco povoado,
o Penafiel consente ainda que Mauro e Trindade subam no tereno em auxílio
ao ataque, o que quase dá frutos logo aos 15 minutos, quando o trinco cedido
pelo Porto obriga, a passe do seu capitão, João Viva a uma defesa
apertada. Os da casa percebem, então, que não podem dar tanto espaço
aos visitantes e, na resposta Naddah serve Moutinho que, de frente para a baliza
de Celso, atira por cima.
O golo do Covilhã chega pouco depois, numa altura em que os serranos tinham
claro ascendente sobre a turma de Jorge Amaral. Os durienses tentaram a resposta
de imediato, mas a bem organizada defesa serrana não permitia qualquer
veleidade aos homens mais avançados do Penafiel.
Piguita salva vantagem do Covilhã
Na segunda metade o Penafiel entra em campo nitidamente disposto a empatar a
partida o mais cedo possível, a grande área de Celso fica largos
minutos sitiada pela turma local. No entanto, e a aproveitar o balanço
ofensivo penafidelense, em contra-ataque André Cunha, lançado
por Hermes, quase amplia a vantagem mas, na ausência de João Viva,
é o poste que nega o golo ao avançado covilhanense.
Perante o pressing constante dos durienses, Cavaleiro faz entrar Ankyofna para
o lugar do brasileiro Hermes. Uma substituição que retirou "poder
de fogo" à equipa, mas que resultou num fortalecimento eficaz da
"grande muralha" à volta da área de Celso. O guardião
serrano, diga-se, ainda foi chamado a intervir por um par de vezes mas nunca
passou por situações de verdadeira aflição. E quando
não conseguiu travar os remates, foi Piguita que, por duas vezes, salvou
a preciosa vantagem que tinha conseguido. Mas apesar do maior domínio
penafidelense, acabaram por ser os serranos a dispor da derradeira oportunidade
flagrante de golo quando, depois de uma jogada individual, Paquito isola o capitão
Trindade no centro da área que, no entanto, falha o remate.
O Covilhã acabou por sair mesmo com os três pontos de Penafiel
e ultrapassou a turma duriense na tabela classificativa. A formação
orientada por Cavaleiro parece ter embalado novamente para as boas exibições
com que brindou todos os estádios o País durante a primeira volta
e já está no grupo dos dez primeiros, a dez pontos da linha de
água e, curiosamente, à mesma distância do primeiro classificado,
o Alverca.
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