Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi




"Está perfeitamente operacional" a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Boidobra. O dado é anunciado pelo responsável dos Serviços Municipalizados (SMAS) da Covilhã, Alçada Rosa. "Aliás, temos recebido as análises dos efluentes e creio que a empresa Paulo de Oliveira já tem autorização para descarregar na ribeira", garante. O número dois na Câmara covilhanense assegura que os problemas na rede de esgotos daquela freguesia vão deixar de existir. "O que acontecia é que quando havia as descargas da 'Paulo de Oliveira', e, principalmente em dias de chuva, as tampas dos esgotos levantavam devido ao excesso. Isto está praticamente resolvido", refere.
O presidente da Junta de Freguesia da Boibobra, José Pinto, afirma que "por aquilo que me é dado a ver, a ETAR continua a não funcionar a 100 por cento e o que vem tratado é uma infíma parte". O autarca alega que a ribeira continua poluída e que o emissário da "Paulo de Oliveira" ainda está em ruptura, dando como exemplo alguns vapores que de lá saem.
Relembre-se que a falta de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais na Boidobra provocava a inundação de casas e terrenos. A "Paulo de Oliveira" lançava os efluentes industriais para um emissário de resíduos domésticos, um acto que causava inúmeros problemas de saneamento na localidade.

 



Moradores exigem rotunda de acesso à A23



Alguns moradores dos bairros da Moreirinha e Carregal, na freguesia da Boidobra, não querem vender os seus terrenos para a construção do acesso norte da Covilhã à Auto-Estrada da Beira Interior (A23). Em causa o facto de ter sido retirado do projecto a rotunda que estava prevista para a via de acesso à A23. José Pinto, presidente da Junta, esteve reunido, na quinta-feira, 20, em Lisboa, com o Instituto de Estradas de Portugal e Scutvias, empresa concessionária da auto-estrada. Em cima da mesa a tentativa de "sensibilização" daqueles responsáveis para o facto de a população, sem a rotunda, ficar isolada e sem qualquer acesso à cidade. José Pinto refere que "apenas querem construir uma entrada e saída do IP2". "As pessoas, sendo assim, ficam com o acesso condicionado à cidade", sublinha o autarca.
O presidente da Junta anuncia que vai pedir a colaboração dos presidentes das freguesias do Ferro e Peraboa, porque, explica, a construção do nó reivindicado pela população da Boibobra beneficiaria também a entrada a norte no Ferro e a sul na Peraboa.