Lendas e histórias para lembrar



Quinta das

Lágrimas









Por Catarina Rodrigues





A Quinta das Lágrimas é um local que para além da sua beleza natural está recheado de história. Foi um dos lugares que resistiu ao crescimento da cidade de Coimbra. E ali está, erguida junto ao rio Mondego com os seus jardins e árvores centenárias. Um espaço onde reina a calma que contrasta com a agitação de uma das maiores cidades do País.
Falar da Quinta das Lágrimas implica falar do romance de D. Pedro e Inês de Castro, o mais trágico da história de Portugal. D. Pedro era casado mas sempre que podia procurava Inês de Castro. O amor que era secreto deixou de o ser e foi nesta quinta que D. Afonso IV, pai de D. Pedro ordenou a morte de Inês. Ela foi assassinada num lugar hoje chamado Fonte das Lágrimas. Reza a lenda que o seu sangue foi derramado sobre as rochas da fonte que ainda hoje têm uma cor avermelhada.
E são estas lendas e histórias que atraem os visitantes à Quinta das Lágrimas. Todos verificam a cor das rochas e procuram os cantos e recantos dos jardins. Imaginam-se histórias e a lenda ouve-se vezes sem conta.
A Quinta das Lágrimas entrou para a família dos actuais proprietários em 1730 depois de ter pertencido à Universidade de Coimbra e a uma Ordem Religiosa. Ao longo de todas as gerações, foi preservada e sempre que possível foram ali sendo plantadas espécies exóticas encomendadas no Jardim Botânico da cidade ou trazidas de terras distantes. O resultado está à vista.
Actualmente, o Palácio da Quinta reconstruído após o incêndio de 1879 alberga um dos Hotéis mais luxuosos do País. Pertence à cadeia internacional Relais & Châteaux que reconverteu grande parte do espaço exterior numa academia de golfe.
A Quinta das Lágrimas situa-se nas proximidades do Portugal dos Pequeninos em Coimbra e é sem dúvida um destino a não perder.