Nascida na neuroradiologia,
a ressonância magnética, continua a ser mais utilizada nesta vertente
médica. A palestra que teve como orador, Jorge Cannas médico no Serviço
de Neuroradiologia do Hospital Garcia Horta, veio elucidar os estudantes do curso
de Ciências da Saúde sobre uma matéria que "a princípio
foi alvo de algum cepticismo", explica Cannas.
Uma forma de diagnóstico que aposta, sobretudo, "nas técnicas
de avaliação quantitativas e não tão qualitativas",
como refere o médico especialista. Um facto que advém da capacidade
de obter determinadas imagens do corpo humano diferentes das resultantes de outras
técnicas. Os diagnósticos obtidos através desta ferramenta
médica, conduzem à extensão da patologia.
A ressonância magnética não veio substituir nenhuma outra forma
de diagnosticar. Segundo Jorge Cannas, "os parâmetros da ressonância
são completamente diferentes da tomografia axial computadorizada (TAC) ou
da radiologia convencional".
Ao contrário do TAC e das radiografias convencionais, onde são utilizadas
substâncias ionizantes, "na ressonância magnética isso não
acontece", sublinha o orador. Aquilo que pode ser visto nas imagens dos estudos
radiológicos como o TAC, não é mais do que "um estudo
de densidades". As imagens obtidas a partir destas técnicas são
como sombras chinesas. Os profissionais de saúde olham para elas como a sombra
de alguma coisa projectada num espelho. O que não acontece na ressonância.
Com esta técnica, os médicos têm um resultado completamente
diferente. "Aqui são visíveis estruturas de maior detalhe e mais
difíceis de se detectarem com outras técnicas", concluí
o médico especialista.
Área de grande desenvolvimento
As imagens projectadas durante este encontro, foram seleccionadas de forma a
"entusiasmar estes alunos", afirma Cannas. Este médico, procurou
assim despertar a curiosidade do auditório para as possíveis investigações
sobre a ressonância.
Segundo o orador, "o futuro passa por melhores técnicas de avaliação".
No entender deste médico, a ressonância magnética veio trazer
novos paradigmas de estudo à medicina, pois é uma técnica
que no futuro irá revelar grandes potencialidades ainda não exploradas..
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