Jorge Barata foi nomeado director do OCES
Docente da UBI empossado por Pedro Lynce
Jorge Barata à frente do Observatório da Ciência e do Ensino Superior

A visão de que o Ensino Superior deve estar directamente ligado à investigação é uma das ideias defendidas pelo novo director do Observatório. O docente da UBI lembra que é a primeira vez que o poder político relaciona estes dois factores.


Por Catarina Rodrigues


Jorge Barata, engenheiro mecânico e professor catedrático da Universidade da Beira Interior foi nomeado director do Observatório da Ciência e do Ensino Superior (OCES). O docente foi empossado no passado dia 18 de Fevereiro por Pedro Lynce, ministro da Ciência e do Ensino Superior. A cerimónia contou com a presença de Manuel Fernandes Thomaz, secretário de Estado da Ciência e Tecnologia e com vários responsáveis de organismos do Ministério.
O OCES é um organismo recente que foi criado por Pedro Lynce. Trata-se de uma reformulação do anterior Observatório da Ciência e Tecnologia (OCT) que acumula agora as funções do Departamento de Avaliação Perspectiva e Planeamento do Ministério da Educação. O novo organismo mantém ainda uma estreita relação com a Direcção Geral do Ensino Superior.
Jorge Barata explica que o OCES ainda não tem uma lei orgânica. "Em princípio será aprovada ao longo do próximo mês". O director adianta que o trabalho a desenvolver é o de "perspectivar e planear as áreas de Ciência e Tecnologia e do Ensino Superior, assim como proceder a estudos, relatórios e estatísticas nestes domínios".
A área da Ciência e Tecnologia era algo que o extinto OCT já explorava. "A parte do Ensino Superior é completamente nova", sublinha Jorge Barata. O docente já trabalhou na área da informática e considera que esse foi um dos factores que influenciou a sua escolha para o lugar de director. "O trabalho no Observatório está essencialmente relacionado com a recolha e tratamento de informação, tudo por via informática".
A visão que o docente tem deste grau de ensino talvez tenha influenciado Pedro Lynce. "O Ensino Superior deve estar directamente ligado à investigação", sublinha Barata. O docente da UBI considera que ainda há muito a fazer neste domínio. "Para além da análise do sistema de investigação é necessário relacioná-la com o Superior". O actual director do Observatório lembra que ao nível político este é o primeiro ministério a querer relacionar estes dois factores.
A nomeação de Jorge Barata tem duração de três anos e pode eventualmente ser renovada dado estar inserida num Regime Especial de Comissão de Serviço. O responsável continuará a ser professor catedrático na UBI e a acompanhar os vários projectos que tem em desenvolvimento.
No mesmo dia em que Jorge Barata tomou posse foi também empossada Magnólia Santos, mestra em Economia e Gestão de Ciência e Tecnologia, que ocupará o cargo de directora-adjunta. Vasco Rodrigues será o director adjunto do Gabinete de Gestão Financeira de Ciência e do Ensino Superior.