Mariana Cascais diz que todos se devem envolver no processo educativo
Escola das Tílias e Jardim de Infância da Fatela inaugurados
Frexes quer maior descentralização

No dia da inauguração de duas unidades de educação, Manuel Frexes apelou para a descentralização. Segundo o autarca, as câmaras precisam de mais meios, até porque "competências não lhes faltam".


Laura Sequeira
NC/Urbi et Orbi


A Escola do Parque das Tílias e o Jardim de Infância da Fatela ganharam vida na quinta feira, 13. Depois das remodelações efectuadas é tempo de pôr as cadeiras no lugar e começar as aulas. Mariana Cascais, secretária de Estado da Educação garante que "muitas câmaras não tiveram a sensibilidade que deviam ter tido para resolver estes problemas". A opinião da secretária de Estado da Educação é de que "há algumas carências no parque escolar, mas não penso que esteja tão mal como à partida poderia estar. O que está pior é o 1º Ciclo".
Na Escola das Tílias o ambiente foi de festa e Olga Trindade, directora da Escola, ficou sem palavras para descrever o que sentiu. A recuperação estava a ser efectuada desde o Verão do ano passado e agora as crianças já podem ocupar as seis salas de aulas, a biblioteca e a sala de informática. Já o Jardim de Infância da Fatela foi uma solução para a falta de espaço que havia na sala da Junta de freguesia onde funcionava o infantário. Nuno Garcia, presidente da Junta de freguesia da Fatela, afirma que "agora já há mais opções".
Manuel Frexes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, aproveitou a presença de um membro do Governo e alertou para o facto de "precisarmos de mudar de modelo de construção do País". Frexes garante que o "País não pode continuar a concentrar 80 por cento da população em 20 por cento do território". O autarca fundanense salienta a importância do investimento no Interior, nomeadamente na educação e na saúde e considera importante "quebrar o tabu de que as coisas com qualidade estão no Litoral".
Frexes lança ainda um aviso: "a manter-se o modelo de construção do País que tem vigorado, dentro de 10 anos, nenhuma autarquia terá capacidade para conseguir manter o parque escolar, bem como as outras infraestruras". O autarca fundanense fala até mesmo de "falência do sistema" e afirma que "o País está de pernas para o ar. A maioria das competências está nas Câmaras enquanto que o dinheiro está na administração central". Frexes afirma mesmo que "competências não me faltam, faltam-me os meios".
Para Mariana Cascais a solução do problema passa por "encontrar mecenas para colaborar no processo educativo". A secretária de Estado da Educação considera que "o Governo não pode pedir que os outros façam aquilo que é a sua responsabilidade, mas todos têm que se envolver no processo educativo".


Centro de Validação certifica competências


"A vida dá competências", afirma José Carlos Ferreira, responsável pelo Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Reconhecer, validar e certificar as competências adquiridas ao longo de uma vida é o objectivo do novo centro inaugurado na passada quinta feira, 13, no Fundão.
"O reconhecimento, validação e certificação de competências é para todos os jovens e adultos maiores de 18 anos sem a escolaridade básica de nove, seis ou quatro anos que pretendam obter uma certificação escolar equivalente ao 3º, 2º e 1º ciclos do Ensino Básico", explicam os folhetos de promoção do Centro.
Manuel Frexes, presidente da autarquia fundanense, considera que "o Centro de Validação é muito importante, até mesmo porque é o segundo da Beira Interior". O autarca refere que "a escola da vida ensina-nos muita coisa".