Imprensa Regional
Distrito tem os maiores índices de leitura em termos nacionais
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NC/Urbi et Orbi
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O Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, Feliciano
Barreiras Duarte, reuniu na terça feira, 18 de Fevereiro, no Governo Civil
de Castelo Branco, no âmbito de um périplo nacional, com directores
de jornais e rádios locais do distrito.
Estas reuniões destinadas a um levantamento dos problemas com que se debate
a imprensa regional, estão relacionadas com a apresentação
até final do mês de Março de um pacote legislativo que tem
em vista fazer a reforma neste sector.
O Secretário de Estado, começou por lembrar que a chamada imprensa
de proximidade deverá ser entendida "como mais um instrumento de promoção
do desenvolvimento à escala local, regional e distrital". O levantamento
já efectuado, deixou o governante apreensivo "a avaliação
que fizemos é preocupante que entendemos que a manter-se o actual modelo
de imprensa regional em Portugal, não vamos ter concerteza muitas boas
novidades no futuro no que diz respeito a este sector". Segundo um estudo
revelado, o Estado português "gastou nos últimos onze anos 41,5
milhões de contos com a imprensa regional e 1,5 milhões de contos
com as rádios locais".Feliciano Duarte, salienta que deste "bolo"
a situação mais preocupante é obviamente aquela a que se
refere à imprensa regional, já que "tivemos nos últimos
onze anos com os valores despendidos, um aumento em 40 por cento dos títulos
e a média das vendas subiu apenas 11 por cento, o que significa que com
41,5 milhões de contos baixamos a tiragem média". Para agravar
a
situação, "Portugal é o segundo país da Europa
com menor índice de leitura", ressalvando o distrito de Castelo Branco
que é uma excepção no que diz respeito à imprensa
regional "porque os últimos indicadores que temos, este distrito é
o de maior índice de leitura da imprensa regional".Na área
do porte pago, o Secretário de Estado, revelou que "43 por cento dos
títulos tem uma tiragem mensal e 38 por cento semanal".Também
na área do emprego no sector a diferença não deixa de ser
preocupante. "A imprensa regional com 900 jornais apenas emprega 2500 pessoas,
enquanto que as 354 rádios locais dão emprego a cerca de 5800 pessoas".
Perante tais números, uma nova etapa se avizinha, porque "se não
o fizermos a imprensa regional em Portugal vai ter um futuro preocupante".
Feliciano Duarte, lembra que em Portugal "temos um modelo amador e proteccionista
de imprensa regional, que assenta no amadorismo da maior parte dos títulos
e no excesso de proteccionismo por parte do Estado ou seja estes títulos
só sobrevivem porque o Estado paga a sua subsistência, nomeadamente
na área do porte pago".
Segundo o governante, "pretendemos um modelo intermédio que fique
o amador e o proteccionista e o liberal ou seja o modelo empresarial para imprensa
e para as rádios". O Governo com estas medidas, pretende que "a
imprensa regional consiga cumprir o seu papel de proximidade, que consegue falar
dos problemas que muitas das vezes a imprensa nacional não aborda".
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