As obras de conservação da EN18 vão ser inspeccionadas pelo Instituto de Estradas
Estado do Pavimento na EN18
Scutvias na mira do Instituto de Estradas

Tiveram eco as preocupações de alguns autarcas da região quanto ao estado da EN18. O Instituto de Estradas quer que a Scutvias repare "com urgência" o pavimento deste troço, bem como o do IP5. Caso a empresa não cumpra, a multa pode ir até aos 100 mil euros.


NC/Urbi et Orbi


A empresa concessionária da Auto-Estrada da Beira Interior (A23), Scutvias, tem 30 dias para resolver os problemas que existem na Estrada Nacional 18 (EN18). O "ultimato" foi feito pelo Instituto de Estradas de Portugal (IEP) e caso a situação não seja resolvida, a Scutvias arrisca-se a ter que pagar uma coima entre os cinco e os 100 mil euros. Em causa, segundo noticia o Expresso de sábado, 15 de Fevereiro, o risco existente na "circulação e segurança rodoviária". Também o troço entre a Guarda e Vilar Formoso (IP5) está na mira do IEP. A EN18 vai ser mesmo inspeccionada até ao final do mês. Fonte oficial do organismo garante ao semanário a determinação em "multar as concessionárias caso não executem as intervenções necessárias ao funcionamento seguro daquelas estradas".
Recorde-se que, ainda na semana passada, o autarca da Covilhã, Carlos Pinto, voltava a criticar o "estado lastimável" da via que liga o seu concelho ao do Fundão. Pinto questionava, inclusivamente, o facto de o Instituto de Estradas e os organismos distritais não fazerem nada para pôr cobro à situação. O rol de críticas à Scutvias não se fica por aqui. Também Amândio Melo, presidente da Câmara de Belmonte, alega que a empresa não tem cumprido o contrato que previa a reparação do acesso do concelho à A23, pela estrada de Maçaínhas. Um troço que continua bastante degradado e, em alguns locais, sem gota de alcatrão.
Porém, e segundo afirmações que fez à Rádio Clube da Covilhã, Gil Conde, da Scutvias, no que toca à EN18, os trabalhos que ali estão a ser feitos "estão a agradar à população". Este responsável recorda, ainda em declarações àquela Rádio, que "o contrato entre a Scutvias e o Estado português está a ser cumprido e que "intervenções de maior envergadura não fazem parte desse acordo". "Se os utentes querem outro tipo de estrada isso não nos compete a nós. As nossas atribuições passam por conservar aquela estrada com aquele perfil até à abertura do troço da Auto-Estrada".
No que concerne ao IP5, já a 6 de Janeiro, o comandante da BT da Guarda, capitão Amílcar Ribeiro, chamava a atenção para "falhas muito graves na segurança do troço". Este responsável identifica uma a´rea de cerca de 10 quilómetros, nos dois sentidos da via, cujo pavimento apresentava "enormes buracos de dimensões verdadeiramente incríveis, tamanho e fundura que constituem um atentado à normal circulação de qualquer veículo automóvel".