Manuel Acácio foi o jornalista que dirigiu o debate
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Debate nacional sobre a questão
iraquiana
"Fórum TSF" em directo da UBI
O ataque preventivo ao Iraque não
reúne o consenso dos portugueses. A actuação do Governo liderado
por Durão Barroso também tem levantado algumas dúvidas.
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Por Catarina Rodrigues
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A posição
de Portugal face a um eventual ataque ao Iraque foi uma das questões debatidas
no programa "Fórum TSF" que, na passada quinta feira, 6 foi emitido
em directo da Universidade da Beira Interior. André Barata, Luís Lourenço,
Carlos Cabrita e José Carlos Venâncio foram os docentes da instituição
convidados. Para além das intervenções telefónicas o
público presente também teve oportunidade de participar na discussão.
Em cinco dias a TSF percorreu cinco universidades de todo o País. A questão
iraquiana foi sempre o tema que esteve em cima da mesa. O jornalista que dirige
o programa, Manuel Acácio, explicou que o objectivo desta iniciativa foi
"levar o debate para as universidades e recolher delas um contributo sobre
a questão".
Depois de uma semana em contacto diário com o mesmo tema Manuel Acácio
considera que "a maioria esmagadora dos portugueses é contra uma eventual
intervenção militar no Iraque sem o aval da Nações Unidas".
Há pessoas que aceitam a intervenção se houver uma segunda
resolução das Nações Unidas e há também
quem considere que nenhuma situação justifica um ataque preventivo
contra o Iraque. Esta foi uma das questões mais discutidas no programa que
teve lugar na UBI.
Um debate onde as críticas ao primeiro ministro Durão Barroso foram
também muito ouvidas. Em causa está a assinatura da denominada "Carta
dos Oito". André Barata, docente de Filosofia, não criticou a
subscrição da missiva mas sim "o modo como foi feita" sem
consultar o Presidente da República e a Assembleia da República.
"Já foram feitos vários debates em universidades", explica
Manuel Acácio, "mas neste esquema de uma semana foi a primeira vez".
Para além da UBI, o "Fórum TSF" foi emitido da Universidade
Católica do Porto, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
em Vila Real, do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade
de Coimbra e da Universidade do Algarve, em Faro. O debate sobre a questão
iraquiana terminou no sábado no auditório do Diário de Notícias
em Lisboa com convidados da área política e militar e com a participação
do público assistente.
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